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Em cenário com Biden, fracasso do acordo açúcar versus etanol será vantajoso para o Brasil se Bolsonaro retaliar

A propósito do acordo de cooperação comercial assinado nesta segunda (19) entre Brasil e Estados Unidos, vale lembrar que o possível fisco do acordo do "fio do bigode" para que o governo de Donald Trump libere maior cota ao açúcar brasileiro vai ser vantajoso para o setor sucroenergético. Especialmente sob Joe Biden na presidência do país, derreterão chances de acerto entre o adoçante brasileiro e o etanol importado de lá


Publicado em: 23/10/2020 às 19:00hs

Em cenário com Biden, fracasso do acordo açúcar versus etanol será vantajoso para o Brasil se Bolsonaro retaliar

Haveria uma boa chance de o governo Bolsonaro, portanto, acabar de vez com a cota de etanol , livre de taxas, e com as desvantagens que o biocombustível daqui, sobretudo do Nordeste, em razão dos subsídios aos produtores americanos, começando pela cadeia do milho.

Após o vencimento da cota de 750 milhões de litros, em setembro, o governo Bolsonaro deu mais 187,5 milhões de litros até dezembro, na esperança de que os americanos sentassem e negociassem maior volume de entrada ao adoçante do Brasil.

Reivindicação unânime dos produtores brasileiros.

A única maneira de os produtores brasileiros não seguirem mais em desvantagem na competição com o etanol de milho americano é com o fim da cota definitivamente, sem uma nova dada às cegas a partir de janeiro.

Trump reeleito

Mesmo numa cada vez mais remota vitória de Trump não se espera que a reivindicação dos usineiros nacionais seja contemplada.

Nada aconteceu desde setembro de 2019, no vencimento da cota de 600 milhões de litros, quando o País ainda acrescentou mais 150 milhões para 750 milhões/l.

E Donald Trump sabe que não precisaria ceder um naco de mercado ao Brasil, porque o Brasil do governo atual não vai contrariá-lo, dado o alinhamento sem condicionantes.

Certamente os Estados Unidos poderiam esperar uma nova cota de etanol, a partir de 2021, sem dar nada em troca, ou um pouquinho mais de açúcar, que seja.

Fonte: Money Times

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