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Brasil tem que assegurar resultado da Rio+20, diz ministra do Ambiente

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, destacou, nesta quinta-feira (10), que o Brasil, além de ser um bom anfitrião e defender seus interesses como um dos países envolvidos, tem que "assegurar resultado" na Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que o Rio de Janeiro sedia no próximo mês


Publicado em: 11/05/2012 às 14:10hs

Brasil tem que assegurar resultado da Rio+20, diz ministra do Ambiente

“Quem preside conferência tem que assegurar resultado. Isso é uma regra básica, porque você tem que fazer com que todos tenham engajamento, e que todos se vejam na declaração, naquilo que é o compromisso da conferência”, disse a ministra. Ela lembrou como funciona uma negociação multilateral desse tipo, em que o documento final é aprovado por consenso de todos os países, e, por isso, precisa contemplar interesses muito distintos.

As negociações do rascunho do documento final da conferência, que vem ocorrendo desde o início do ano, mostraram a dificuldade de se chegar a um texto que agrade a todos.

A Organização das Nações Unidas (ONU) marcou para a semana entre 29 de maio e 2 de junho uma nova rodada de discussão para reduzir a quantidade de indefinições do documento antes do último debate no nível diplomático, que vai acontecer no Brasil de 13 a 15 de junho, no Rio de Janeiro. Ela antecede o segmento de alto nível, que reúne chefes de Estado.

Pnuma – Uma das indefinições é a elevação da importância do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) para o nível de agência, como é a Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo. O Brasil se opõe, como explicou o negociador-chefe brasileiro, André Corrêa do Lago.

Segundo ele, a criação de uma agência mundial de meio ambiente isolaria o tema das outras questões do desenvolvimento sustentável. “Há quarenta anos nas negociações ambientais, nós estamos integrando meio ambiente e desenvolvimento”, disse.

O país apoia um fortalecimento do Pnuma, com maior injeção de recursos, mas sem que ganhe status de agência.

Para Corrêa do Lago, é compreensível que os países africanos, por exemplo, defendam que o Pnuma se tranforme em agência, pois isso valorizaria o único órgão da ONU sediado em seu continente.

Sobre a confirmação de que o presidente eleito da França, François Hollande, e o líder russo Vladimir Putin, virão à Rio+20, ao contrário da chanceler alemã Angela Merkel, o negociador-chefe brasileiro disse que isso mostra a importância da reunião.

“Nunca houve uma tendência de que os chefes de Estado não viessem. É uma conferência que todo mundo reconhece que é da maior importância, por isso que já estamos com mais de cem chefes de Estado confirmados”.

Logística no Rio de Janeiro – Segundo a ministra Izabella Teixeira, o transporte e o deslocamento durante a conferência não deverão ser um problema, já que um esquema de logística foi desenhado para receber os participantes.

“Nós estamos assegurando isso, que as pessoas que virão ao Rio de Janeiro podem participar dos seus eventos, quem vai para os eventos oficiais, quem vai para os eventos da sociedade civil, quem vem participar dos debates específicos de desenvolvimento sustentável, tudo isso está sendo assegurado. Eu tenho plena convicção de que a cidade do Rio de Janeiro saberá receber todos que virão para a Rio+20″, disse Izabella.

Fonte: Globo Natureza

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