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Brasil amplia presença no mercado chinês com a abertura de quatro novos setores agropecuários

Potencial de negócios pode atingir US$ 450 milhões por ano, destaca ministro Carlos Fávaro


Publicado em: 22/11/2024 às 11:40hs

Brasil amplia presença no mercado chinês com a abertura de quatro novos setores agropecuários

A China, maior parceiro comercial do Brasil, anunciou a abertura de quatro novos mercados para produtos agropecuários brasileiros. Os acordos foram firmados durante o encontro bilateral entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping, realizado nesta quarta-feira (20), em Brasília. Com isso, o Brasil acumula 281 mercados agropecuários conquistados desde o início de 2023.

Os protocolos assinados entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Administração Geral de Aduana da China (GACC) estabelecem as condições fitossanitárias e sanitárias para a exportação de produtos como uvas frescas, gergelim, sorgo e farinha de peixe, além de óleo de peixe e outros derivados de pescado destinados à alimentação animal.

O presidente Lula destacou a importância do agronegócio brasileiro na garantia da segurança alimentar chinesa. "O Brasil é, desde 2017, o maior fornecedor de alimentos da China", afirmou o presidente. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ressaltou o fortalecimento das relações diplomáticas entre os dois países, comemorando o 50º aniversário da parceria em 2024.

"Somos um país confiável, líder no fornecimento de alimentos e energia renovável, e temos a capacidade de expandir nossas parcerias de forma sustentável", disse Fávaro.

Com base na demanda chinesa pelos produtos contemplados pelos protocolos, a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa estima que o potencial comercial seja de US$ 450 milhões por ano. "Com o desenvolvimento de novos mercados, poderemos superar os US$ 500 milhões anuais. A China importa quase US$ 7 bilhões em produtos relacionados a esses quatro setores, e o Brasil tem se consolidado como um parceiro estratégico e seguro", afirmou Luis Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.

A China é a maior importadora mundial de gergelim, com 36,2% das compras globais, totalizando US$ 1,53 bilhão em 2023. O Brasil, que ocupa a sétima posição nas exportações, tem ampliado sua produção do produto. No sorgo, a China lidera as importações com US$ 1,83 bilhão, enquanto o Brasil tem uma participação de 0,29% no mercado mundial.

As uvas frescas brasileiras também conquistaram os consumidores chineses, com o Brasil atingindo 2% de participação no mercado global da fruta. A China importou mais de US$ 480 milhões em uvas em 2023. Para a exportação de uvas frescas, os estados de Pernambuco e Bahia serão os principais fornecedores.

Os exportadores de farinha de peixe, óleo de peixe e derivados de pescado para alimentação animal devem cumprir exigentes requisitos de rastreabilidade e segurança alimentar, incluindo o sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC). O registro dos estabelecimentos será válido por cinco anos.

Com essas novas oportunidades de exportação, o Brasil consolida sua posição como fornecedor estratégico para o mercado chinês.

Fonte: Portal do Agronegócio

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