Publicado em: 21/11/2024 às 11:55hs
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) divulgou uma nota oficial nesta quarta-feira (20) em resposta à declaração do CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard. O executivo afirmou que a rede varejista pretende deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul caso o acordo de livre-comércio entre o bloco sul-americano e a União Europeia seja aprovado.
A manifestação da ApexBrasil ocorre no contexto de um jantar no Itamaraty em homenagem ao presidente da China, Xi Jinping, e se soma a declarações de outras áreas do governo, como o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
A ApexBrasil classificou a declaração do Carrefour como lamentável e reafirmou o compromisso do Brasil e dos países do Mercosul com os mais altos padrões sanitários e ambientais. A agência destacou que esses critérios garantem a qualidade da proteína animal exportada para mais de 160 países, incluindo a União Europeia, que reconhece formalmente essa excelência.
Segundo a nota, o Brasil e seus parceiros do Mercosul têm se consolidado como os maiores fornecedores globais de proteína animal, assegurando a segurança alimentar de populações ao redor do mundo. A ApexBrasil destacou ainda que as exportações brasileiras contribuem significativamente para o desenvolvimento sustentável e a economia global.
"A decisão do Carrefour é vista como um movimento alinhado a pressões protecionistas em um momento crítico das negociações para o acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia", pontuou a agência. O texto ressalta que o acordo, se concluído, formará o maior mercado do planeta e trará benefícios expressivos para as populações dos países signatários.
Por fim, a ApexBrasil enfatizou a necessidade de combater suspeitas infundadas sobre a carne do Mercosul, alegando que tais declarações possuem viés protecionista e carecem de embasamento técnico. "Esperamos que, acima de tudo, a verdade prevaleça", concluiu a direção da entidade.
A manifestação reforça o alinhamento entre governo e setor privado na defesa da competitividade das exportações brasileiras e na busca pela ampliação do acesso a novos mercados internacionais.
Fonte: Portal do Agronegócio
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