Publicado em: 26/06/2024 às 12:00hs
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) lançou em Pequim o Mapa Bilateral de Comércio e Investimentos Brasil-China, um estudo abrangente que revela 400 oportunidades comerciais para exportações brasileiras para a China, totalizando mais de US$ 800 bilhões em potencial. O documento destaca setores de alto valor agregado e oferece análises detalhadas das tendências econômicas bilaterais.
O mapa visa preencher lacunas de conhecimento mútuo ao reunir dados macroeconômicos e análises estratégicas sobre as relações comerciais e de investimentos entre Brasil e China. Para Gustavo Ribeiro, coordenador de Acesso a Mercados da ApexBrasil, o estudo é essencial para a formulação de estratégias e tomada de decisões entre os dois importantes parceiros econômicos.
O Brasil e a China celebram este ano 50 anos de relações diplomáticas, marcando uma parceria robusta e promissora entre as maiores economias do Sul Global. O comércio bilateral cresceu significativamente ao longo do século XXI, alcançando US$ 157,5 bilhões em 2023, com as exportações brasileiras representando US$ 104,3 bilhões, cerca de três vezes mais do que as exportações para os Estados Unidos, segundo maior parceiro comercial do Brasil.
Embora vital, a pauta de exportação brasileira para a China enfrenta desafios significativos, com três grupos de produtos concentrando 75,1% do total exportado, predominantemente commodities agropecuárias e produtos da indústria extrativa. Essa concentração reflete uma dependência em produtos de menor sofisticação tecnológica da indústria de transformação.
No campo dos investimentos, a China emerge como o oitavo maior investidor no Brasil e o maior da Ásia, superando tradicionais parceiros como Japão, Alemanha e Itália em alguns setores. O país asiático lidera os investimentos em infraestrutura no Brasil, com destaque para o Nordeste como a região com maior número de projetos chineses.
O Mapa Bilateral também apresenta estudos de caso sobre investimentos estrangeiros diretos, destacando empresas como BYD, State Grid e Tencent no Brasil, e Suzano e EBANX na China, evidenciando a diversificação e profundidade das relações econômicas entre os dois países.
Fonte: Portal do Agronegócio
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