Crédito Rural

Liberação de crédito rural para MT supera 2011

A três meses do encerramento do Plano Safra 2011/12, que vai até 30 de junho, o volume de recursos liberados pelo Banco Brasil para a agricultura mato-grossense supera em 14,28% de todo o montante contratado até junho do ano passado, quando foi encerrada a temporada 2010/11.


Publicado em: 27/04/2012 às 16:50hs

Liberação de crédito rural para MT supera 2011

Conforme os dados divulgados pela Superintendência Regional do Banco no Estado, os produtores estaduais demandaram até o final de março R$ 2,8 bilhões, ante o total do ciclo 2010/11, em R$ 2,4 bilhões. Com exceção da linha destinada ao custeio, todos os volumes aplicados nesta safra por meio das modalidades de pré-custeio, investimento e comercialização superam as cifras disponibilizadas na temporada anterior.

Na safra atual (2011/12), como detalha o Banco do Brasil, foram liberados até 30 de março R$ R$ 1,28 bilhão em operações de custeio, R$ 416 milhões para pré-custeio, R$ 738 milhões para investimentos e R$ 372 milhões para comercialização. Na comparação com os volumes contabilizados durante o ano-safra 2010/11, a demanda por custeio caiu 12%, mas foi incrementada em 60%, 41% e 77%, respectivamente, nas outras linhas.

No balanço anterior, as liberações somaram R$ R$ 1,46 bilhão para custeio, R$ 260,7 milhões no pré-custeio, R$ 522,6 milhões para investimentos e R$ 210 milhões para comercialização.

Como explica o gerente de mercado de Agronegócios da Superintendência estadual, Anderson Scorsafava, o volume de liberações, que supera todo o realizado no passado, reflete ações internas e o cenário externo propício ao agronegócio. “Obviamente, o bom momento do mercado de commodities foi fundamental para esta performance positiva, o que deixa o produtor mais otimista e com maior teto de endividamento, como também um trabalho intensivo e ampliado dentro do Banco para atender exclusivamente à demanda agrícola”.

Como frisa, a agilização das análises e liberações das propostas de financiamento não ocorreu apenas por meio da capacitação de pessoal, como também pela ampliação da estrutura interna do Banco do Brasil no Estado, com mais carteiras específicas ao segmento e mais agências. “Foi um misto de fatores internos e externos”.

Scorsafava lembra que algumas alterações nas linhas de financiamento de uma safra para outra também contribuíram para a ampliação do volume liberado. “Linhas como a do programa ABC, de agricultura de baixo carbono e a nova classificação de portes para o FCO Rural, também fizeram a diferença e somaram para esses resultados”. O Fundo Constitucional de Financiamentos do Centro-oeste (FCO) trouxe como novidade neste ano a inserção de uma nova categoria de enquadramento de porte por tomador. Na modalidade rural foi criada uma classe intermediária, pequeno-médio produtor, que com faturamento bruto anual de R$ 3,6 milhões a R$ 16 milhões, tem acesso a juros fixos anuais de 7,25%. Na modalidade empresarial foi criada a categoria pequena-média empresa, que, com faturamento igual ao do rural, tem acesso a juros de 9,50% ao ano.

Elencando os fatores externos, o gerente do BB destaca que os produtores mato-grossenses estão há três ou quatro safras operando de maneira positiva, tanto no preço dos produtos como no volume produzido. “Diante do bom momento, o BB reforçou sua presença junto às principais entidades representativas do setor como Famato, Aprosoja, Acrimat (bovinos) e agora da Acrismat (suínos), para apresentar as melhores linhas de crédito para cada porte de tomador”. As análises de novas propostas seguem no Estado.

2012/13 – A movimentação para a nova temporada mato-grossense - que pelas estimativas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) já está com cerca de 10% da produção de soja a ser plantada somente a partir de setembro comercializada de forma antecipada - também foi percebida pelo Banco. Como explica Scorsafava, a linha custeio antecipado está fomentando a aquisição de insumos para a nova safra estadual. “É uma linha própria do Banco com juros fixos de 6,75% ao ano, com carência e pagamento em até cinco parcelas. É uma linha de sucesso, cuja procura cresce a cada ano”. Completando, ele diz que o sucesso se dá pelas regras da linha, pela taxa de juros e, principalmente, porque o dinheiro é ofertado no momento em que o produtor precisa, é uma linha oportuna em todos os sentidos. Sem números fechados, Scorsafava diz que em comparação ao mesmo período do ano passado as liberações atuais estão 24% maiores, “índice que tende a aumentar ainda mais até o final deste semestre”.

Fonte: Diário de Cuiabá

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