Publicado em: 16/09/2013 às 20:00hs
A instituição financeira entrou nesse mercado no ano passado e, em cinco anos, quer chegar a uma carteira de R$ 15 bilhões em operações de crédito rural. E, para atingir esse objetivo, está buscando parcerias, uma delas com o cooperativismo paranaense. “A Ocepar é uma referência nacional. Tudo que se faz aqui é espelho para o Brasil. Sabemos da importância da entidade frente ao cooperativismo nacional. Eu acho que daqui poderemos sair com um caso de sucesso Caixa/Ocepar, que poderá se refletir no país inteiro”, afirmou a Sayonara Meirelles, gerente de padrões e operações da Superintendência Nacional do Agronegócio da CEF. Ela esteve na sede do Sistema Ocepar, na manhã desta segunda-feira (16/09), acompanhada de mais representantes do banco, e foi recebida pelo superintendente José Roberto Ricken. O encontro foi viabilizado por iniciativa do presidente da Cooperativa Cocari, Vilmar Sebold, que esteve presente junto com o vice-presidente, Marcos Antonio Trintinalha.
Necessidade e oportunidade - De acordo com Sayonara, a necessidade, aliada à oportunidade, motivou a CEF a investir mais no público rural. “A Caixa passou 150 anos sem entrar nesse negócio mas sabendo que precisava desse cliente. Nós o atendíamos parcialmente pois temos a caderneta de poupança e condições de financiar a habitação. Possuíamos um portfólio vasto para atendê-lo mas não ainda naquilo que é o principal: a atividade produtiva. A Caixa não participava desse mercado mas, quando nós vimos essa oportunidade, percebemos que não poderíamos ficar de fora. Temos que ter o crédito rural como complemento do nosso portfólio para fazer esse atendimento ao cliente de forma geral, já que o papel da Caixa é atender a sociedade brasileira”, explicou.
Estudo e articulação - Antes de começar a operar com crédito rural, a Caixa realizou um estudo de viabilidade técnica e de articulação junto a diversos órgãos públicos, como governo federal, Banco Central e Tesouro Nacional. O ingresso no setor de agronegócio iniciou após a conclusão desse processo. “Nós começamos em 2012/13 e estamos indo numa trajetória crescente. Em cinco anos, queremos nos igualar aos outros bancos em relação às exigibilidades sobre os depósitos à vista. Nós iniciamos com 6%, esse ano são 13% e aí vamos atingir 21%, 28% até chegar aos 34% que o mercado trabalha. Pelas regras atuais, isso significa que, em cinco anos, nós devemos ser uma carteira de crédito rural de R$ 15 bilhões”, ressaltou Sayonara.
Avaliação – Ela disse ainda que ficou bastante impressionada com as informações apresentadas na reunião com a Ocepar. “Os números apresentados aqui encantam qualquer um, embora não fossem totalmente desconhecidos porque já sabíamos da importância do setor pelos documentos que existem e estão publicados. Agora, o brilho nos olhos que nós vemos quando conversamos com as pessoas nos fazem sentir o entusiasmo delas pelo trabalho que estão fazendo pelo cooperativismo, enxergando a relevância de fazer acontecer e de fazer direto. Isso é muito diferente. Saio dessa reunião bastante impressionada e satisfeita por podermos fazer essa parceria com a Ocepar”, acrescentou.
Números do cooperativismo – Os principais dados sobre o cooperativismo paranaense foram apresentados pelo superintendente José Roberto Ricken. De acordo com ele, existem 237 cooperativas registradas no Sistema Ocepar, com 900 mil cooperados. O setor gera 67 mil empregos diretos, atingiu faturamento de R$ 38,5 bilhões em 2012 e deve chegar próximo a R$ 45 bilhões neste ano. “Nós alcançamos no ano passado USS 2,2 bilhões em exportações, recolhemos R$ 1,5 bilhão em tributos e respondemos por 1,5 milhão de oportunidades de trabalho. Somente em 2012, as cooperativas do Paraná somaram R$ 1,32 bilhão em investimentos e devemos chegar a R$ 2,156 bilhões no período 2013/14”, destacou. Ele informou que grande parte desses recursos são investidos na agroindustrialização e que em mais de 100 municípios do Paraná, as cooperativas são as maiores empresas, indutoras do desenvolvimento regional. “Diferente de outros empreendimentos, as cooperativas ficam no local onde estão instaladas, gerando emprego e renda para a população ao seu entorno”. Ricken lembrou ainda que as cooperativas respondem por cerca de 60% do PIB agropecuário. Sobre a parceria com a Caixa, disse que a Ocepar está a disposição para contribuir com a entidade. “Podemos fazer um bom trabalho juntos”, frisou.
Presenças – Também participaram da reunião ocorrida na manhã desta segunda-feira, o gerente técnico e econômico do Sistema Ocepar, Flávio Turra, o gerente de Desenvolvimento e Autogestão, Gérson Lauermann, o analista Robson Mafioletti e o coordenador de Comunicação, Samuel Milléo Filho. Pela Caixa, estavam presentes Roberto Luiz Bachmann e Amarildo Aparecido Paiva, da Superintendência Noroeste; Luis Henrique Borgo, da Superintendência Campos Gerais; Luiz Sussumu Sassaki, Janete Obadowski Ledur Hoeflich e Diego Ricardo Alves de Oliveira, da Superintendência Leste; Enilson Ferreira de Araújo, da Superintendência Curitiba Leste, e Gláucia Eglantina Cruz dos Santos e Macus Vinicius de M. Pestana, da Gerência de Risco.
Fonte: Ocepar
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