Crédito Rural

Crédito emergencial já liberou R$ 131 milhões para agricultores familiares da Bahia

Secretário estimula agricultores familiares de Wagner e Bonito a se organizarem em associações


Publicado em: 14/09/2012 às 11:20hs

Crédito emergencial já liberou R$ 131 milhões para agricultores familiares da Bahia

Até hoje, 18.822 agricultores familiares da Bahia procuraram o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e tiveram acesso ao Crédito Emergencial, contratando R$ 131,3 milhões, destinados a custeios e investimentos para amenizar os feitos da seca. Mais 11.145 propostas estão sendo analisadas, no valor de R$ 70,4 milhões. Esses números, informados pela superintendência do BNB, foram apresentados pelo secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, durante encontros com centenas de agricultores familiares dos municípios de Wagner e de Bonito, na Chapada Diamantina, dois dos mais afetados pela longa estiagem. Ele lembrou que a linha crédito emergencial só será executada até o dia 31 de dezembro deste ano e, até lá, a meta é atender a mais 50 mil agricultores, com a liberação total de mais de R$ 300 milhões.

Tanto no salão paroquial de Wagner, como na Câmara de Vereadores de Bonito, locais dos encontros, na manhã e na tarde desta quinta-feira (13), Salles estimulou os agricultores familiares a se organizarem em associações, com o objetivo de fortalecer o segmento e torná-lo mais capaz de lutar por suas demandas. Na manhã desta sexta-feira (14), o secretário reúne-se com agricultores no distrito de irrigação de Ponto Novo, onde vai entregar oficialmente uma estação meteorológica.

Acompanhado pelo superintendente de Irrigação da Seagri (Sir), Marcelo Nunes, Salles apresentou e discutiu com as ações emergenciais e estruturantes para a convivência com a seca. “Esta é a pior seca da história, e nós precisamos nos preparar para que, no futuro, a população do semiárido não sofra tanto como está sofrendo agora”, disse ele.

A questão recorrente, cobrada pelos agricultores dos mais de 30 municípios onde o secretário esteve nas últimas semanas, debatendo alternativas para convivência com a seca, é a falta do milho para alimentação animal. O secretário explicou que o milho da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estocado no Centro Oeste não tem chegado à Bahia por falta de carretas para o transporte, destacando que a culpa não é da superintendente da Conab na Bahia, Rose Ponde. “Ela é nossa parceira, tem nos ajudado muito e feito esforços extraordinários para que o milho chegue aos agricultores, mas os carreteiros preferem ir para o Sul, transportando milho da safrinha do Centro Oeste, por ser vantajoso para eles", disse.

Para resolver esse problema, Salles reafirmou que a Secretaria da Agricultura está reivindicando à presidente Dilma Rousseff a edição de Medida Provisória (MP) permitindo à Conab a compra de milho na própria região nordeste, mesmo que a preços mais elevados, para venda balcão, subsidiada, aos pequenos criadores dos municípios que estão em situação de emergência. O secretário reivindica também a criação do PAC do Semiárido, prevendo ações para estruturar o semiárido para a convivência com a seca. “Queremos recursos para assegurar água para os animais e reserva alimentar, e assim viabilizar melhores condições para viver com dignidade no semiárido”, disse.

Os recursos reivindicados, dentro do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), seriam destinados à perfuração de poços artesianos, mesmo com água salobra, para dessedentação animal; plantação de palma adensada, para formação de reserva estratégica de alimentos, e construção de pequenas, médias e grandes barragens para perenizar riachos e rios do sertão, dentre outras ações.

Fonte: SEAGRI BA - Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária

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