Crédito Rural

BNDES libera mais de R$ 2 bilhões em financiamentos no Mato Grosso

Financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) crescem 106,2% e Mato Grosso salta da 13a para a 9a colocação no ranking nacional de desembolso via instituição financeira


Publicado em: 26/09/2013 às 11:00hs

BNDES libera mais de R$ 2 bilhões em financiamentos no Mato Grosso

De janeiro a julho de 2012, o banco de fomento emprestou R$ 1,466 bilhão para diversos setores no Estado e, no mesmo intervalo deste ano, o montante expandiu para R$ 3,022 bilhões. Com esse resultado, Mato Grosso ultrapassou o estado vizinho, Mato Grosso do Sul, que recebeu R$ 2,935 bilhões; além do Pará, Pernambuco e Rondônia.

Quanto ao número de operações efetuadas pelo BNDES, o Estado se manteve na 9a posição, mesmo registrando um aumento de 28,1% no empréstimo dos recursos federais. Nos 7 primeiros meses deste ano 21,742 mil projetos foram beneficiados, contra os 16,972 mil contratos fir- mados em igual período de 2012. O maior crescimento no volume de investimentos no Estado ocorreu na agropecuária, que é o setor que mais contratou em 2013, alcançando a “casa” do bilhão. De janeiro a julho deste ano, o desembolso foi de R$ 1,192 bilhão, enquanto no ano passado, o montante ficou em R$ 493,8 milhões. Já o número de operações teve alta de 77%, saltando de 2,455 mil para 4,345 mil, usando o mesmo período de comparação.

A redução dos juros é apontada como grande motivadora desse crescimento. A engenheira agrônoma Silvia Garcia Bolonhesi, da Mega Assessoria e Consultoria Agronômica, ressalta que as taxas aplicadas nas linhas do BNDES chamaram a atenção do produtor rural, sobretudo para financiamentos de máquinas agrícolas. Porém, conforme a consultora, a greve dos bancários, que passa de uma semana, deve recuar o percentual de expansão das contratações no balanço final de 2013. Afinal, as operações em estudo vão demorar mais para serem aprovadas, junto com a liberação dos créditos importantes para os produtores mato-grossenses. Segundo o engenheiro agrônomo Adevaldo Narciso da Costa, da Agropec Projetos Agropecuários, esse empréstimo evita a descapitalização do agricultor na etapa do custeio da lavoura. Os recursos são usados em projetos de armazenagem e na aqui- sição de equipamentos. Investimetos necessário para dar qualidade à produção e atender a demanda. “O produtor necessita desses recursos porque não tem a segurança de quanto vai gastar e por quanto vai vender. O comércio tem margem de lucro e o produtor não. Ele não põe preço na mercadoria, e sim o mercado”.

Fonte: A Gazeta

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