Assuntos Jurídicos

Terra para estrangeiros: decisão da Justiça de SP deve ser seguida por outros estados

Para Aldo de Cresci Neto, da GCN Advogados, aquisição de terras por estrangeiros vai acontecer, mas em grupos com maioria de capital nacional


Publicado em: 20/03/2013 às 14:40hs

Terra para estrangeiros: decisão da Justiça de SP deve ser seguida por outros estados

O parecer da Advocacia Geral da União (AGU), que restringe a compra de terras por estrangeiros, pode estar com os dias contados.

O advogado Aldo de Creci Neto, da GCN Advogados, defendeu - durante o 6° Timberland Investing Latin America Summit, a tese que o modelo adotado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), relacionado à compra de terras pela International Paper, deve se alastrar pelo país.

A tendência é de que estas empresas, que comprovadamente atuam no Brasil e reinvestem seus lucros no País, consigam documentar as terras anunciadas antes do parecer da AGU, em 2008.

“Não é que a decisão do TJSP, por 22 votos a um, seja uma tendência. Certo mesmo é que a decisão remete ao raciocínio da própria AGU antes deste parecer. Foi a AGU quem mudou”, disse Aldo de Cresci.

No início da década de 1970, o governo militar aprovou a lei nº 5.709/71 que limitava a presença de empresas estrangeiras no setor rural. No entanto, a empresa brasileira – mesmo que controlada por estrangeiro – era considerada nacional. O parecer da AGU inverteu esta lógica e a decisão do TJSP trouxe à tona, o antigo pensamento.

Dados da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf) mostram que existem R$ 40 bilhões em terras compradas por grupos nacionais e estrangeiros que ficaram com as documentações ‘emperradas’ após o parecer da AGU.

Entretanto, na aquisição de novas terras, os grupos de investidores nacionais e internacionais se organizam juntos, sendo que a maior parte do capital é brasileiro. Esta foi a forma encontrada para não paralisar o negócio.

Fonte: Painel Florestal

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