Assuntos Jurídicos

Defensoria Pública do RJ acusa Elegê por omitir problema em leite

Dezenas de consumidores do Rio e de São Paulo relatam no site ?Reclame Aqui? queimação e gosto amargo no leite Elegê desnatado


Publicado em: 08/06/2012 às 17:20hs

Defensoria Pública do RJ acusa Elegê por omitir problema em leite

A Defensoria Pública acusa empresa produtora de laticínios de ter tentado encobrir problema com leite desnatado impróprio para o consumo que foi para as prateleiras. Laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) revelou que o lote o CDVM 19:46 do leite Elegê “está impróprio para o consumo e pode causar problemas de saúde”.  Dezenas de consumidores do Rio e de São Paulo relatam no site ‘Reclame Aqui’ queimação e gosto amargo no leite Elegê desnatado.

A perícia foi pedida pela Defensoria Pública, que recebeu dez denúncias de consumidores relatando ardência e queimação na garganta após ingerir o produto. O órgão concluiu que a Elegê sabia que lotes do leite apresentavam alterações como forte gosto de amargo, mas não alertou os consumidores para não consumir o produto.
 
“O laudo apontou alterações que podem trazer riscos à saúde dos que beberam o leite. A empresa deveria ter alertado aos consumidores, mas houve uma tentativa de encobrir para que isso não causasse um problema na marca e queda de vendas”, afirma o defensor público Fábio Schwartz. O defensor dará entrada em uma ação civil pública para que a empresa recolha os lotes do produto. Pedirá, também, que testem outros lotes em laboratório independente.
 
“Bebi o leite com café. Quando tive certeza que o gosto amargo era do leite, procurei a Elegê. Quero saber o que tinha no leite, mas eles se negam informar”, afirma a microempresária Maura Freire Dantas, 62 anos. “Eles trocaram as caixas de leite e queriam me dar um livro de receita. Mas o que quero é saber o que havia na caixa que bebi”.
 
Em nota, a empresa Brasil Foods, proprietária da Elegê, informou que “realizou análise laboratorial em amostras dos supostos lotes irregulares” e que “a análise não apontou alteração capaz de causar danos à saúde ou à integridade física dos consumidores”.

Fonte: Diário Online

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