Assuntos Jurídicos

Abate irregular de bovinos é como o tráfico de drogas, diz promotor de Justiça

José Omar de Almeida Jr., de Tocantins, destaca que matadouros irregulares também ameaçam a saúde e a vida das pessoas


Publicado em: 11/04/2012 às 07:45hs

Abate irregular de bovinos é como o tráfico de drogas, diz promotor de Justiça

A legislação brasileira é muito branda com os matadouros que não têm atividade acompanhada por veterinários, pois a falta de higiene provoca a contaminação do produto a ser consumido pelas famílias brasileiras. “O abate sem controle sanitário é comparável ao tráfico de drogas e deveria ser considerado crime hediondo, pois representa ameaça às comunidades, afetando, sobretudo, a saúde pública” – alerta o promotor José Omar de Almeida Jr, ligado à Procuradoria Geral de Tocantins e responsável por uma cruzada contra abate irregular no Estado.

“Mas há um agravante no caso de abates irregulares” – ressalta o promotor. “É difícil avaliar quantas pessoas acabam vítimas de doenças infecto-contagiosas decorrentes da ingestão de carnes contaminadas” – diz José Omar, lembrando que, se não estiver em ambientes refrigerados, a carne bovina ficará exposta a colônias de bactérias que se reproduzem rapidamente em que questão de horas. “Os consumidores correm risco de apanhar doenças graves como tuberculose e brucelose” – completa.

Falando à Agência Radioweb (cujo áudio está disponível no blog Carne Saudável), José Omar, que já enquadrou vários frigoríficos de Tocantins e, nos últimos dias, pediu a interdição de três deles por descumprimento às regras sanitárias do Ministério da Agricultura, defendeu mudanças urgentes na legislação brasileira, ampliando o cerco aos infratores. “As alterações são importantes para proteger a saúde das pessoas e também os cofres públicos, pois muitos desses matadouros irregulares tampouco recolhem impostos” – concluiu.

Fonte: Blog Carne Saudável

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