Agricultura Familiar

Vazio sanitário da soja termina dia 15 no Estado de São Paulo

Termina no próximo sábado (15), o período do vazio sanitário da soja para o Estado de São Paulo. Até a data está proibida a manutenção de plantas vivas da cultura. O objetivo do vazio sanitário é prevenir a disseminação do fungo Phakopsora pachyrhizi, agente causador da ferrugem asiática


Publicado em: 12/09/2012 às 13:40hs

Vazio sanitário da soja termina dia 15 no Estado de São Paulo

Além de São Paulo, os estados do Mato Grosso e do Paraná também anteciparam o calendário. A medida entrou em vigor em 15 de junho e foi uma solicitação do setor atendida pela Secretaria de Agricultura do Estado.

Durante o período, a responsabilidade de erradicar as plantas condenadas é do produtor. Cabe à Coordenadoria de Defesa Agropecuária, da Secretaria, a fiscalização do cumprimento das medidas nas propriedades.

Para o diretor do Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR) de Assis e presidente da Comissão do Combate à Ferrugem Asiática, Cristiano Geller, a antecipação do calendário favorece, em algumas regiões, não apenas o cultivo da soja, mas o plantio precoce de outras culturas, como o milho safrinha.

Para a safra 2011/2012, os números finais da soja indicaram aumento em área plantada de 5% e praticamente a mesma produção anterior de 1,5 milhão de toneladas. Os EDRs de Assis e Itapeva são os principais produtores de soja no Estado, com área de 128.420/ha e 84.590/ha, respectivamente. Os dados são do 5º levantamento de Previsão e Estimativas das Safras Agrícolas, divulgado em junho pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA).

Ainda de acordo com o estudo, o rendimento obtido teve uma queda de 5,1%, por conta dos efeitos climáticos, que atingiram a lavoura no período de semeadura, no desenvolvimento vegetativo e na floração.

Ferrugem asiática – causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, é uma das principais doenças que atacam a soja. Causa a desfolha precoce, que impede a formação completa dos grãos, comprometendo a produtividade das plantações. Foi diagnosticada pela primeira vez no Brasil em 2001 e, pela facilidade de disseminação, que ocorre pelo vento, tem incidência em todas as regiões produtoras de soja do País. Uma das medidas mais eficazes para o controle é justamente evitar o plantio em épocas favoráveis à ocorrência da doença, para que o fungo não ataque plantas muito jovens.

Fonte: SAA SP - Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo

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