Agricultura Familiar

Tecnologia agrícola da Embrapa é base técnica de programa para agricultura familiar

O milho e a mandioca são plantados na mesma área e após a colheita do milho sua palha é cortada para servir de "cama" ao plantio do feijão-caupi.


Publicado em: 18/05/2012 às 15:50hs

Tecnologia agrícola da Embrapa é base técnica de programa para agricultura familiar

Esta é uma etapa da técnica agrícola Sistema Bragantino, desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e aplicada no estado do Amapá como base tecnológica do Programa Territorial da Agricultura Familiar e Floresta (Protaf), do Governo do Estado. Na manhã desta quinta-feira, 17, áreas de agricultores do assentamento Anauerapucu (Santana,AP), onde estão instaladas unidades demonstrativas do Sistema Bragantino, foram visitadas pelo governador do Amapá, Camilo Capiberibe.

Acompanhado do chefe geral da Embrapa Amapá, Silas Mochiutti e do chefe de transferência de tecnologia, Joffre Kouri, ele verificou a eficiência do Sistema Bragantino. Também conheceram in loco as áreas de produção agrícola, o secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Paulo Nunes, o diretor do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá, Max Ataliba e as equipes técnicas dos órgãos do setor produtivo. Silas Mochiutti explicou ao governador que a técnica consiste no cultivo, em rotação e consórcio, das culturas de milho ou arroz, de mandioca e feijão-caupi, com uso de técnicas de cobertura do solo, e o ponto de partida é a recuperação e manutenção da fertilidade do solo com base em análises.”O Rurap realiza este trabalho de orientação técnica diretamente junto aos agricultores e com isso a Embrapa gera novos conhecimentos e tecnologias a partir da adaptação do Sistema Bragantino no estado do Amapá”, disse Mochiutti.

O agricultor Raimundo José Costa, conhecido como “Ceará, é um dos agricultores do assentamento Anauerapucu, primeira comunidade de execução do Protaf. Ele é um dos 1.173 agricultores familiares beneficiados diretamente pelo Protaf, programa lançado ano passado e que atualmente funciona em cerca de 50 comunidades de 12 municípios. Já colheu o milho (variedade da Embrapa BR 106) e está em fase de preparação da palha para o cultivo de feijão-caupi. “Nosso trabalho ficou mais fácil com o apoio do Rurap. Os técnicos ensinam as técnicas da Embrapa e acompanham a gente no campo”, disse o agricultor.

O Sistema Bragantino foi desenvolvido inicialmente no município de Bragança (região nordeste do Pará) e pode ser aplicado em propriedades familiares e na agricultura empresarial. Os resultados iniciais indicavam, na época do lançamento, que a adoção do Sistema Bragantino permite aumentar, no mínimo, por hectare, em quatro vezes mais a produtividade da cultura da mandioca por hectare; em sete vezes mais a do milho e em oito vezes mais a do arroz. As pesquisas científicas comprovam que o modelo é mais rentável ao produtor e menos danoso ao meio ambiente que o sistema itinerante (derruba-e-queima) utilizado na região há mais de um século.

Os principais benefícios são a intensificação do uso da terra; aumento da produtividade e redução de custos de produção das culturas; ocupação produtiva da propriedade; conservação ambiental; uso racional de máquinas, equipamentos e insumos; permite boa cobertura de solo, atenuando os efeitos nocivos da erosão hídrica e eólica. No Amapá, o Sistema Bragantino é a base tecnológica do Programa Territorial da Agricultura Familiar e Floresta (Protaf) implementado pelo Governo do Estado. Nas unidades demonstrativas da Embrapa, os técnicos da empresa e do Rurap orientam os agricultores em demarcação de área, técnicas de plantio e adubação, melhores métodos de plantio e cultivo na região.

Fonte: Embrapa Amapá

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