Nos dois dias, assessores pedagógicos de Mato Grosso participam do evento organizado pelo Conselho Estadual de Alimentação Escolar (CEAE) juntamente a representantes de entidades diversas ligadas ao setor rural, para elaboração de proposições que ajudem no cumprimento da legislação nacional que prevê que a aquisição de 30% dos gêneros alimentícios sejam de origem de programas de agricultura familiar.

“Dentro do cenário do Plano Nacional de Alimentação Escolar é de competência do assessor pedagógico gerenciar às Câmaras de Negócios, que organizam as chamadas públicas para a compra dos gêneros alimentícios oriundos da Agricultura Familiar. Cabe a esse profissional atuar como interlocutor junto ao município e aos 11 segmentos que integram as Câmaras”, destaca a secretaria de Políticas Educacionais da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), Fátima Resende.
Metas

Em 2011, Mato Grosso aplicou 19,5% (um total de R$ 9 milhões) do orçamento total de R$ 31 milhões investidos conjuntamente pelos governos estadual e Federal para aquisição dos produtos oriundos da agricultura familiar, alcançando a segunda classificação em investimentos do Centro-Oeste, perdendo apenas para Brasília. Para 2013, a meta é ousada, chegar a 25% considerando os gargalos existentes e que para suas resoluções são necessárias a adoção de medidas intersetorializadas. “A questão logística ainda merece sérios debates”, pontua a responsável pela Coordenadoria de Alimentação Escolar da Seduc, Maria Helena da Silva.

Para a assessora pedagógica de Paranatinga, Raquel Gonçalves dos Reis, é necessário haver maior mobilização nas gestões municipais, assim como fomento aos programas de agricultura familiar para que as metas preconizadas sejam alcançadas. “Já visitei assentamentos a 70 km da sede do município para divulgar informações quanto a chamada pública e percebemos a dificuldade no acesso dessas famílias mesmo primando pelo contato com sindicatos, secretarias de agricultura e cooperativas’.

O evento, que aconteceu no Centro de Eventos do Pantanal, reuniu representantes da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc/MT), Secretaria de Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar (Sedraf/MT), Movimento dos Sem Terra (MST), Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetagri), da Empresa Mato-grossense de Pesquisa e Extensão Rural (Empaer) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).