Agricultura Familiar

Salvador/BA também tem agricultura familiar

Muitos dos alimentos colocados nas mesas da população de Salvador/BA, acreditem, vêm da agricultura familiar praticada na periferia e em bolsões localizados em áreas urbanas da cidade


Publicado em: 29/03/2012 às 18:40hs

Salvador/BA também tem agricultura familiar

Os agricultores familiares urbanos e periurbanos são os responsáveis pelo plantio de diversas culturas e implantação de hortas, e produzem desde o coentro e a salsa, até a abóbora, o milho, o feijão e frutas diversas.

Mas estes agricultores não estão sós. Hoje, com o apoio da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), a agricultura urbana e periurbana conta com Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), projetos para financiamento agrícola e capacitações, além de orientação na comercialização de seus produtos.

Segundo o presidente da EBDA, Elionaldo de Faro Teles, “a política estabelecida para a agricultura urbana e periurbana utiliza um conjunto de instrumentos que visa à educação, a segurança alimentar e nutricional das pessoas, a geração de emprego e renda, com qualificação profissional, respeitando o meio ambiente”.

O engenheiro agrônomo da empresa e um dos responsáveis pelo desdobramento desta atividade junto a escolas, hospitais e presídios, Antônio Carneiro do Rosário, informou que todo o trabalho desenvolvido tem base nos princípios agroecológicos, educação ambiental e alimentar, organização social e cidadania. “A nossa preocupação não fica em apenas produzir, mas, ao fazê-lo, que seja com qualidade, respeitando o meio ambiente e as tradições das comunidades”, explicou o técnico.

Esta atividade se estende ao recôncavo baiano, onde nove cidades estão sendo atendidas com projetos agrícolas para a formação de hortas comunitárias e de plantas medicinais, e para a implantação de agroindústrias, nas áreas urbanas e periurbanas. Em Salvador, no bairro de Coutos, onde a EBDA tem um trabalho mais alicerçado com hortas comunitárias, esta ação mudou a vida de antigos moradores de rua e, hoje, contribui significativamente no processo de manutenção das famílias envolvidas.

“Trabalhamos ainda com hortas educativas que é uma ferramenta eficaz para crianças e jovens, no processo de interação entre a teoria e a prática, pois o aluno vê o que ele aprende na sala de aula”, enfatizou Carneiro. Os alunos são multiplicadores dessa prática, em suas residências, desenvolvendo hortas domésticas, possibilitando a melhoria da qualidade alimentar da família.

Um exemplo deste trabalho está na Escola Zulmira Torres, no Nordeste de Amaralina, que multiplicou os conhecimentos adquiridos para outras escolas do município. “Em Salvador, hoje, são mais de 50 escolas que já praticam a horta educativa como fonte de conhecimento para os seus alunos e complementação da merenda escolar”, comentou Antônio Carneiro. Os hospitais Santo Antônio, das Obras Sociais Irmã Dulce, e o de Custódia e Tratamento de Salvador, que trata de presidiários que sofrem de distúrbios mentais, são também exemplos de uso da horta educativa como terapia e para a alimentação dos internos.

A EBDA também vem investindo na capacitação de agricultores, técnicos, estudantes, professores, e demais profissionais envolvidos com a agricultura urbana, em suas diversas formas, ministrando cursos sobre Desenvolvimento de Pessoas, Meio Ambiente, Nutrição e saúde, Alimentação alternativa, Plantas medicinais, e outros. Em Horticultura, as aulas também são complementadas com práticas de campo, onde os alunos aprendem sobre sistemas de produção, desde o preparo do solo, até o plantio, tratos culturais, tratos fitossanitários, colheita e beneficiamento.

Fonte: Assessoria de Imprensa EBDA

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