Agora espera aumentar o comércio do fruto, produzido na Fazenda Nossa Senhora de Fátima, pertencente a sua família. Isso só será possível porque ele conseguiu financiar um caminhão F400 com carroceria graneleira, no valor de R$ 91 mil, por meio do Programa Mais Alimentos, do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA).

O projeto para a obtenção do financiamento foi realizado pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), órgão vinculado a Secretaria da Agricultura, através do escritório local de Ilhéus. O agricultor conta que só conseguiu comprar o veículo por causa da facilidade de pagamento que o Programa oferece, com carência de até dois anos para começar a pagar, prazo de oito anos, para amortização, e 0% de juros. “Em outras partes do Brasil são cobrados juros de 2% ao ano. Na Bahia, o governo do Estado assume essa taxa, desde que o agricultor liquide as parcelas em dia”, informa o técnico da EBDA, Osvaldo Neris, que elaborou o projeto e presta Assessoria Técnica e Extensão Rural (Ater), naquela propriedade .

“Pretendo começar a entregar também nos municípios de Jequié e Vitória da Conquista”, diz o agricultor, satisfeito com a mais nova aquisição.

Enquanto não amplia a comercialização, Aldiney já colhe os resultados da troca do caminhão antigo por um novo. Ele está conseguindo fazer a entrega de coco no dia certo e com isso fidelizando o cliente, da Terra de Jorge Amado. “Todas as quintas-feiras, chova ou faça sol, eu encho o caminhão e entrego para cabaneiros, donos de quiosques e feirantes de Ilhéus”, esclarece.

Planos Futuros

Após quitar o atual financiamento, Aldiney pretende adquirir uma agroindústria para processamento de cupuaçu, também através do Programa Mais Alimentos. Ele está investindo na produção consorciada da fruta, com coqueiro e banana. “Não me vejo vendendo apenas produtos in natura, quero agregar valor à minha produção”, concluiu o agricultor.

O técnico da EBDA Osvaldo Neris explica que, para pleitear o financiamento pelo Programa Mais Alimentos, o agricultor precisa possuir DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf), escritura registrada, certificado de Cadastro do Imóvel Rural (CCIR), estar em dia com o Imposto Territorial Rural (ITR), estar fora da área extrativista e comprovar a sua capacidade de pagamento.