Publicado em: 02/08/2012 às 14:30hs
Eles participam do curso Formação para Formadores que atuarão no Brasil Sem Miséria. A atividade qualifica os formadores para orientarem três mil agentes de Ater que atenderão no PBSM as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste junto aos mais de 150 mil agricultores brasileiros em situação de extrema pobreza.
"A partir desses consultores, os extensionistas receberão as informações e orientações necessárias para trabalhos de extensão na diversidade da agricultura familiar para inclusão social e produtiva", explica Reginaldo Lima, coordenador de formação do Dater. Além de conhecer as estratégias do governo federal para a superação da extrema pobreza no rural, o grupo receberá informações sobre mecanismo de execução das políticas públicas, as formas de acesso e principais desafios.
"Vamos receber as informações do Plano Brasil Sem Miséria, para que, junto com os técnicos de Ater, formemos uma equipe com conhecimento sobre o plano e todas as ações incluídas", resume o engenheiro agrônomo Vitor Hugo Garbin, de Mato Grosso, que será um dos formadores. "Os técnicos terão um papel bem maior do que a assistência técnica tradicional, eles serão promotores da cidadania, de acesso às políticas públicas do governo federal", acrescenta Garbin.
Para o professor universitário de Ciências Sociais, Marcos Inácio Fernandes, que também participa da atividade, a capacitação é um desafio. "Vamos lidar com as pessoas que vão levar as políticas públicas para um público extremamente pobre. Nós precisamos dominar essas políticas, ter a capacidade de sintetizar e orientar os formadores para que os técnicos atuem junto a um público que tradicionalmente não recebe assistência técnica", diz. Marcos Inácio, do Acre, é membro da Academia Brasileira de Extensão Rural (Aber) e mesmo com todo seu conhecimento, ele se orgulha em participar da formação e de todo o Plano.
O conteúdo do curso inclui o tema Concepções Pedagógicas que influencia diretamente na abordagem dos agentes de Ater no dia a dia (passo a passo na abordagem), planejamento e orientações sobre gestão de contrato; elaboração de programa dos cursos para orientação dos agentes de Ater e cronograma de atividades.
Entre os instrumentos para a Inclusão Produtiva Rural apresentados no curso, estão o Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais (com Ater aliada ao fomento); Programa de Aquisição de Alimentos (PAA); Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae); Crédito Rural, Seguro da Agricultura Familiar; Garantia-Safra; Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf); e Programa de Organização Produtiva das Trabalhadoras Rurais
Expectativa
A socióloga Maria de Lourdes de Araújo, da Bahia, que tem no currículo a atuação junto a organizações não governamentais no âmbito de programas sociais está com grande expectativa em relação à capacitação e ao trabalho posterior: "Minha expectativa é aprofundar o conteúdo que devemos compartilhar na atuação junto aos formadores e, sobretudo, refletir, de forma coletiva, sobre especificidades que o plano apresenta e que são muito valiosas", afirma.
Para Maria de Lourdes, os formadores poderão aprimorar as ações de assistência técnica, fortalecer o entendimento das diretrizes da Política Nacional de Assistência Técnica e trabalhar com as famílias em condição de extrema pobreza "Vamos, também, ampliar nosso universo de informações, já que informação é um processo básico de acesso à cidadania, especialmente nessas regiões que têm essa necessidade urgente", destaca.
Fonte: Fonte: Assessoria de Comunicação Social
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