Agricultura Familiar

Diversidade será a marca da agricultura familiar fluminense na Feira

A diversidade estará disponível nos estandes da Feira Brasil Rural Contemporâneo 2012


Publicado em: 05/11/2012 às 20:10hs

Diversidade será a marca da agricultura familiar fluminense na Feira

Uma fartura de sabores, aromas, texturas e riquezas que representam a combinação entre frutos da agricultura tradicional e orgânica, do extrativismo e da agroindústria, somados ao saber tradicional e ao talento do agricultor, do quilombola, do pescador, do assentado da reforma agrária, das mulheres do campo e dos povos indígenas. A diversidade estará disponível nos estandes da Feira Brasil Rural Contemporâneo 2012.

No espaço dos empreendimentos do Rio de Janeiro, os visitantes encontrarão, de 21 a 25 de novembro, na Marina da Glória, um cardápio variado. São itens como cachaças artesanais; licores; quibes e croquetes de peixe e camarão; filé de pescado; linguiças e embutidos de carne suína; pastas e antepastos; filé de truta defumada; queijos diversos; iogurtes; polpas de frutas em compota; geleias; frutas regionais e da época; biscoitos; doces de leite e de frutas variadas; bordados, bolsas e chinelos em fibra vegetal; derivados de mel; dentre outros produtos.

Reunião preparatória

Um pouco dessa variedade produtiva foi revelada durante o encontro preparatório para Feira, promovido pela Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário no RJ (DFDA/RJ), na sede da União das Associações e Cooperativas de Pequenos Produtores do Estado do Rio de Janeiro (Unacoop).

A reunião, que contou com todos os expositores que representarão a agricultura familiar fluminense na Feira Nacional, serviu para a apresentação dos produtos que serão comercializados, bem como para o compartilhamento de informações sobre as regras do evento.

Para o coordenador estadual do evento e delegado substituto da DFDA/RJ, Sérgio Coelho, todos os produtores selecionados estão preparados para mostrar os resultados de todo os investimentos e esforços coletivos feitos para melhorar a qualidade da agricultura familiar e a vida do produtor rural do Rio de Janeiro.

“Os investimentos públicos e, principalmente, a vontade de crescer do próprio trabalhador rural possibilitaram a evolução da nossa agricultura (familiar), que hoje conta com produtos de altíssima qualidade. Eles fizeram sucesso nas últimas edições da Feira e certamente superarão o desempenho nesta próxima”, afirma Coelho.

Garantia de bons negócios durante e depois

Um dos expositores do RJ, o produtor de cachaça Sérgio Peralta - o Pilão -, de Paty do Alferes, compartilha a mesma certeza demonstrada pelo delegado do MDA. Ele fala com o otimismo de quem confia na qualidade do seu produto e carrega a experiência de ter participado de todas as edições anteriores da Feira.

“A venda no local sempre é excelente. Na última edição tive até que trazer mais mercadorias para dar conta dos pedidos. Mas a principal vantagem do evento são os consumidores fiéis que fazemos. Acabei de mandar mais uma remessa para um cliente que conquistei na Feira de Brasília, há cinco anos. Isso é bom para a divulgação e o fortalecimento da marca”, avalia o produtor.

Sucesso começou com diversificação


Na fazenda Guaribu, - imóvel rural que pertence à sua família há gerações - Pilão utiliza alambiques e tonéis para produzir e armazenar cachaças tradicionais, envelhecidas ou misturadas com melado. Uma atividade tradicional que precisou ser resgatada, já que durante muito tempo a fazenda trocou a destilação da cana pelo cultivo de tomates.

“Só que o tomate não tem como guardar. Ele estraga. Então pensei que era o momento de diversificar e comecei a recuperar equipamentos e a retomar a fabricação da cachaça, que é um produto que permite a agregação de valor. Em pouco tempo ela superou o tomate e tornou-se o carro-chefe da nossa fazenda, com 96 mil litros produzidos anualmente”, explica.

Mas a diversificação não foi a única estratégia utilizada por ele para alavancar sua agroindústria familiar. Com o bagaço da cana-de-açúcar, usada na fabricação da cachaça, o produtor alimenta a caldeira onde processa mais de vinte tipos de doces.

“Assim, o tomate, que já foi nossa principal atividade, ganhou vida nova e agora é comercializado em conserva e na forma de geleia, misturado com pimenta”, conclui Pilão.

Fonte: MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário

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