A agricultura familiar chega a representar mais de 60% da produção de alimentos e da superfície agropecuária na América Latina e no Caribe, além de 70% dos empregos agrícolas gerados, aponta o primeiro Boletim de Agricultura Familiar da FAO, o braço das Nações Unidas para agricultura e alimentação.

“Além de sua importância como provedor de alimentos para as cidades, gerador de emprego agrícola e fonte de receita para os mais pobres, a agricultura familiar contribui para o desenvolvimento equilibrado dos territórios e das comunidades rurais”, afirmou o representante regional da FAO, Raúl Benitez, em comunicado recém-divulgado pela agência.

Conforme a FAO, o Brasil se destaca por ser um dos países da América Latina e do Caribe que mais têm apoiado a agricultura familiar. Segundo o Censo Agropecuário 2006, que serve de apoio à consideração da FAO, existiam, naquele ano, mais de 4 milhões de estabelecimentos dedicados à produção agrícola familiar no país, e que cobriam, dependendo do produto, entre 16% e 87% do consumo nacional.

Conforme o Censo, os estabelecimentos agrícolas familiares ocupavam 80,3 milhões de hectares, ou 24% da área total ocupada pela agricultura, e aportava 38% do Valor Bruto da Produção (VBP).