Publicado em: 07/06/2013 às 11:40hs
As medidas anunciadas pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, incluem aumento de limites e prazos para pagar financiamentos, investimentos em compras institucionais e a criação da Agência Nacional de Ater. O investimento previsto é de R$ 39 bilhões.
A agricultora Alessandra Lunas, 40 anos, considera que uma das grandes inovações deste Plano Safra é a orientação vinculada às linhas de crédito do Pronaf Jovem e Pronaf Mulher. Na próxima safra, as agricultoras que acessarem o Pronaf Mulher passam a receber orientação e acompanhamento financeiro. Para valores de até R$ 30 mil em atividades específicas, a linha de crédito será operada pela metodologia do Microcrédito Produtivo Orientado em todo o Brasil.
“Essa ação é fundamental para que as mulheres do campo possam fazer a grande diferença na produção nas suas propriedades”, ressalta. Para ela, o Pronaf é uma ação que permite que muitos agricultores consigam agregar valor à produção, uma vez que sem o Programa muitos não teriam condições de fazer um investimento na propriedade com recursos próprios. Ela conta que acessou o financiamento para investir na propriedade em São Francisco do Guaporé (RO), onde a família trabalha com cafeicultura e bovinocultura.
A ampliação dos limites do Pronaf animou Celso Ludwig, 33 anos. O agricultor cultiva uvas em Paial (SC) e sempre recorre ao financiamento para custeio e investimento. Fruticultor, ele se encaixa na nova medida que prevê que a atividade, juntamente com a suinocultura e avicultura, tenha um limite de crédito ainda maior. Até R$ 300 mil para investimentos individuais e R$ 750 mil para investimentos coletivos.
“Com essa mudança, com certeza vai melhorar minha condição para poder produzir ainda mais”, afirma. Outro destaque para ele é a possibilidade de o agricultor familiar que investir em agroindústria e agroturismo não perder a condição de segurado especial. A medida deve estimular a agroindustrialização e a formalização das agroindústrias já existentes.
Os limites maiores para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) foram as novidades que mais agradaram ao produtor José de Jesus Santana, 49. Assentado da reforma agrária, José investe na piscicultura e pretende acessar os mercados institucionais em breve. “Para nós a garantia da compra do produto é muito importante, porque muitas vezes o endividamento vem do fato de a gente produzir e não conseguir vender”, pontua.
Fonte: MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário
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