Publicado em: 04/04/2025 às 11:05hs
Os efeitos das novas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos ao mercado global de carne suína ainda são incertos e dependerão das respostas dos países impactados. Segundo o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, o principal fator a ser observado é a reação da China, maior player mundial do setor.
“Precisamos avaliar se esses países imporão novas tarifas sobre os produtos suínos norte-americanos”, destaca Maia. Atualmente, os Estados Unidos exportam aproximadamente 20 mil toneladas mensais de carne suína para a China, volume que, em parte, poderia ser absorvido pelo Brasil, caso Pequim decida restringir a compra da proteína norte-americana. “É importante lembrar que Brasil e Estados Unidos são concorrentes diretos no comércio mundial de carne suína”, ressalta o analista.
Com relação à tarifa de 10% imposta pelo governo norte-americano ao Brasil, Maia avalia que os efeitos devem ser reduzidos, uma vez que o país exporta volumes pouco expressivos de carne suína para os Estados Unidos.
No cenário global, o especialista enfatiza a necessidade de acompanhar as possíveis reações da União Europeia, Canadá e México, que também foram atingidos pelas medidas tarifárias e podem adotar retaliações contra os Estados Unidos.
Outro mercado a ser observado é o Japão, um dos maiores consumidores de carne suína no mundo. Segundo Maia, eventuais restrições ao produto norte-americano poderiam beneficiar o Brasil, redirecionando parte da demanda japonesa para os frigoríficos brasileiros.
Fonte: Portal do Agronegócio
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