Publicado em: 01/10/2024 às 13:30hs
O ano de 2024 tem exigido das empresas do setor de nutrição animal uma habilidade notável para se adaptar a um cenário complexo e desafiador. Segundo Paulo Portilho, CEO da Auster Nutrição Animal, a instabilidade econômica, marcada por flutuações nas taxas de juros, inflação e câmbio, tem impactado diretamente os custos de produção das proteínas animais. Embora a inflação represente um desafio constante, a desvalorização do real em relação ao dólar também traz oportunidades, especialmente para os setores exportadores, como as carnes bovinas e de frango.
No entanto, a análise da situação brasileira não pode ser feita de maneira isolada. O crescimento dos conflitos geopolíticos e as tensões em diversas regiões do mundo, da América do Sul à Ásia, influenciam a economia global, afetando o planejamento de negócios a médio prazo. Essa realidade impacta a produção de proteína animal, que exige ciclos longos de investimento e planejamento.
Internamente, o Brasil enfrenta um desafio particular em relação às contas públicas, que têm atraído a atenção dos especialistas. Embora a arrecadação pública tenha alcançado níveis recordes, o déficit fiscal continua crescendo, dificultando o combate à inflação e mantendo a taxa Selic acima de 10% ao ano. Essa situação compromete a economia de mercado e impede que as indústrias de insumos, a agroindústria e os produtores realizem investimentos planejados.
Além disso, as oscilações nos preços das commodities agrícolas são determinantes para a produção de proteína animal. Os maiores custos enfrentados pelos produtores de aves e suínos estão relacionados ao milho e à soja. Desde 2017, os preços desses insumos vêm aumentando, com uma intensidade acentuada durante e após a pandemia. Contudo, essa tendência de alta tem perdido força nos últimos dois anos, com expectativas de queda nos preços devido ao aumento contínuo da produtividade agrícola e aos altos estoques.
Nesse contexto, a nutrição animal ganha importância crucial, pois se torna necessário focar na eficiência e no desempenho, considerando os custos, as exportações e o consumo interno. Estamos em um momento de inflexão global, com mudanças geopolíticas, de mercado e nas taxas de juros que sugerem novas dinâmicas econômicas.
Embora seja difícil prever o futuro imediato, caso as tensões geopolíticas diminuam, é provável que haja uma leve redução nos custos, especialmente das matérias-primas essenciais para a nutrição animal. Apesar das adversidades, as perspectivas para as exportações permanecem otimistas, com a possibilidade de resultados positivos ao final do ano.
Em meio a esse cenário complexo, a Auster Nutrição Animal continua sua missão de otimizar a eficiência na produção, investindo em soluções modernas e serviços. Um exemplo é a busca por incrementar o uso de Dried Distillers Grains with Solubles (DDGS), um subproduto da produção de etanol de milho, que pode aumentar o retorno econômico na produção animal.
A empresa reconhece que cada propriedade apresenta desafios distintos, e seu compromisso é entender essas realidades para ajustar os processos produtivos. Com uma equipe de profissionais especializados, a Auster aplica ferramentas para elevar a rentabilidade das propriedades de aves, suínos e bovinos leiteiros, contribuindo para a alimentação de uma população global em crescimento e promovendo a lucratividade dos produtores.
Em suma, a adaptação se torna essencial em tempos incertos. É fundamental que as empresas mantenham o foco na eficiência produtiva e estejam atentas às novas condições do mercado. Aqueles que não se adaptarem correm o risco de não sobreviver.
Fonte: Portal do Agronegócio
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