Publicado em: 22/04/2024 às 14:00hs
A suinocultura brasileira tem experimentado um crescimento significativo nos últimos anos, impulsionada por novas tecnologias e avanços em várias áreas. Linhagens genéticas inovadoras permitiram que fêmeas suínas se tornassem altamente prolíficas, aumentando o número de leitões por fêmea a cada ano. No entanto, esse progresso veio com desafios. Um deles é a chamada Síndrome do Segundo Parto (SSP), que afeta a saúde reprodutiva das fêmeas, como explica a zootecnista Joice Silva, da Auster Nutrição Animal.
A SSP resulta na redução do número de leitões no segundo parto em comparação ao primeiro. A queda na produtividade causada por essa síndrome pode levar ao descarte precoce das matrizes, afetando toda a cadeia de produção.
Um dos principais fatores associados à SSP é a condição corporal das fêmeas. Nas granjas onde esse problema ocorre, é crucial identificar e abordar os fatores que contribuem para a síndrome. O manejo adequado da condição corporal das fêmeas é essencial para garantir um desempenho reprodutivo saudável e prolongar sua vida útil na criação.
"É crucial que as fêmeas, especialmente as leitoas, mantenham um peso e condição corporal adequados desde a cobertura até o parto, para que possam superar a primeira lactação sem comprometer futuras gestações", diz Joice Silva.
O catabolismo lactacional é um desafio comum para fêmeas de primeiro parto. Por ainda estarem em crescimento, essas fêmeas enfrentam alta demanda metabólica durante a lactação, o que pode resultar em perda de peso significativa devido à mobilização de reservas corporais. Isso ressalta a importância de uma nutrição adequada para evitar efeitos negativos na produção zootécnica.
O período de lactação também é um fator crítico. Lactações mais curtas podem prejudicar a recuperação uterina, aumentando a mortalidade embrionária e afetando a próxima gestação. Além disso, um intervalo desmame-estro inadequado pode afetar negativamente o desenvolvimento folicular e reduzir a taxa de parto.
Outros aspectos, como o manejo da inseminação artificial, a ambiência das fêmeas e o atendimento ao parto, também são cruciais para evitar problemas no segundo parto. “Compreender os fatores que causam a Síndrome do Segundo Parto e adotar práticas de manejo e nutrição adequadas em fêmeas de primeiro parto é a chave para prevenir a síndrome e manter uma produção suína saudável e eficiente”, conclui a zootecnista da Auster Nutrição Animal.
Fonte: Portal do Agronegócio
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