Suíno

Demanda Fraca Pressiona Preços da Carne Suína no Brasil

Queda nas cotações é reflexo da desaceleração do mercado interno, apesar do bom desempenho nas exportações


Publicado em: 14/03/2025 às 16:00hs

Demanda Fraca Pressiona Preços da Carne Suína no Brasil

Os preços do suíno vivo e dos cortes no atacado apresentaram queda no Brasil ao longo da última semana, refletindo o enfraquecimento da demanda. Segundo Allan Maia, analista da Safras & Mercado, a oferta de suínos vivos tem sido suficiente para atender a demanda dos frigoríficos, mas a indústria permanece cautelosa com relação aos preços do produto. “A carne no atacado continua sem perspectivas de melhora, e a demanda no varejo pode ser prejudicada pelo processo de descapitalização das famílias, o que também pode impactar a reposição dos estoques”, explica Maia.

Os suinocultores estão cada vez mais preocupados com a pressão sobre suas margens, causada tanto pela queda do preço do quilo vivo quanto pelo aumento nos custos de produção. Por outro lado, o elevado fluxo de exportação tem sido um fator positivo, ajudando a reduzir a disponibilidade do produto no mercado interno.

Preços e Variações Regionais

De acordo com levantamento realizado pela Safras & Mercado, o preço médio do quilo do suíno vivo no Brasil caiu 2,78% nesta semana, terminando em R$ 7,86. Nos cortes de pernil no atacado, o preço médio passou de R$ 14,69 para R$ 14,05, enquanto a carcaça sofreu redução de R$ 13,46 para R$ 12,78.

A arroba suína em São Paulo teve queda de R$ 171,00 para R$ 165,00, enquanto no Rio Grande do Sul o preço do quilo vivo permaneceu em R$ 6,60 na integração e caiu de R$ 8,60 para R$ 8,35 no interior. Em Santa Catarina, os preços na integração mantiveram-se em R$ 6,60, mas no interior catarinense houve desvalorização de R$ 8,50 para R$ 8,25. No Paraná, o preço no mercado livre caiu de R$ 8,70 para R$ 8,30, enquanto na integração os preços seguiram em R$ 6,65.

Em outros estados, as cotações também sofreram quedas. Em Mato Grosso do Sul, o preço em Campo Grande caiu de R$ 8,30 para R$ 8,00, mantendo-se em R$ 6,60 na integração. Em Goiânia, os preços recuaram de R$ 8,60 para R$ 8,20. No interior de Minas Gerais, o preço do quilo caiu de R$ 8,90 para R$ 8,60, enquanto no mercado independente a cotação passou de R$ 9,10 para R$ 8,80. Em Mato Grosso, a cotação em Rondonópolis desvalorizou de R$ 8,35 para R$ 8,10, e na integração os preços seguiram em R$ 7,05.

Exportações em Alta

Apesar da desaceleração no mercado interno, as exportações de carne suína "in natura" do Brasil continuam a apresentar números expressivos. Em março, o país exportou 27,944 mil toneladas, gerando uma receita de US$ 70,894 milhões (média diária de US$ 23,631 milhões). O preço médio da carne suína exportada foi de US$ 2.537,00.

Em comparação com março de 2024, houve um impressionante aumento de 164% no valor médio diário das exportações, além de um avanço de 136,5% na quantidade média diária e uma alta de 11,6% no preço médio, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Fonte: Portal do Agronegócio

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