Até agora, cerca de 80% dos 4,2 milhões de animais com até 24 meses foram vacinados. De acordo com o coordenador da campanha na Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Walter Ribeirete, os produtores que ainda não vacinaram ou não entregaram o comprovante terão até o final do dia para enviar o documento, comprovando o procedimento, para as unidades de recebimento.

"Aqueles que não vacinarem seus animais poderão ser penalizados com uma multa de R$ 101,84 por cabeça", advertiu Ribeirete. A segunda fase da campanha será realizada em novembro, quando todos os animais do Estado deverão ser vacinados.

Ribeirete observou que o formulário deverá ser devidamente preenchido com os dados do produtor, da propriedade e dos animais, informando o número de vacinados e a idade. Além disso, é necessário preencher um documento para cada espécie de animal, seja ele bovino ou bubalino. Todos esses dados serão computados pela Seab. "Quem ainda não vacinou deve correr, pois ainda é possível imunizar o rebanho", alertou o representante da secretaria. O especialista completou que o índice de vacinação desse ano deverá chegar a 95%."Muitos criadores deixam para entregar o formulário na última hora, por isso o atual índice de 80% deve aumentar", completou.

Adolfo Paranaguá, produtor da região de Godoy Moreira, não esperou o final da campanha para imunizar seus 400 animais. Segundo ele, deixar para vacinar perto do fim da etapa pode tumultuar o processo. Ele afirmou que logo quando a campanha é anunciada, já começa a separar os lotes para serem vacinados. "Além disso, nesse período aproveito a campanha contra a aftosa para também fazer todo o manejo sanitário do meu rebanho", acrescentou.

Segundo Ribeirete, a vacinação contra a doença ainda é importante para manter o rebanho protegido. Na última campanha de imunização de todo o rebanho de 9,5 milhões de cabeça, no final de 2011, o índice de vacinação chegou a 97,5% referentes aos bovinos e bubalinos.

A doença

A febre aftosa é uma doença causada por vírus, sendo uma das mais contagiosas entre as que atingem os bovinos, búfalos, ovinos, caprinos e suínos. A doença causa febre, feridas (aftas) na boca e nos cascos, dificultando a movimentação e alimentação dos animais, o que acarreta elevada e rápida perda de peso e queda na produção de leite.

A aftosa é altamente transmissível por animais doentes, pelas secreções e excreções como saliva, urina, fezes, leite, entre outros. Ela causa importantes perdas econômicas, principalmente pela restrição ao mercado internacional, já que animais e produtos de origem animal ficam proibidos de serem comercializados para países livres ou áreas livres da doença.