Publicado em: 29/02/2012 às 08:15hs
A pecuária brasileira acelera a modernização tecnológica para aperfeiçoar o controle sanitário e assim ampliar seu acesso aos mercados internacionais. Um novo e importante passo nesse sentido acaba de ser dado com o relançamento da RB-51®, primeira vacina contra brucelose aprovada para aplicação em novilhas e vacas adultas.
Nos estados de Mato Grosso e Tocantins os órgãos oficiais de defesa agropecuária iniciaram ações efetivas para ampliar o uso da RB-51 no controle da brucelose bovina.
Essas ações incluem a educação sanitária de veterinários dos serviços oficiais e autônomos, pecuaristas e funcionários das fazendas, em parceria com a MSD Saúde Animal. Segundo o Médico Veterinário e Gerente Técnico da MSD Saúde Animal, Sebastião Faria, a ideia é estimular o produtor rural a revacinar as fêmeas com a RB-51® para proteger mais efetivamente seu rebanho. “Já realizamos treinamento dos veterinários dos serviços de defesa oficiais destes estados. Na sequência, forneceremos material técnico e ampliaremos a iniciativa para todo o país”.
O primeiro desafio é promover a cobertura vacinal das fêmeas não vacinadas com a cepa B-19 entre 2010 e 2011 por falta da vacina no mercado. Em Tocantins a emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA) para bezerras que não tomaram esta vacina foi condicionada pela Agência de Defesa Agropecuária (ADAPEC), à assinatura de um termo de compromisso, no qual o pecuarista se comprometeu a vacinar essas fêmeas com a RB-51 ou com a cepa B-19, caso ainda estejam dentro da idade limite. “Precisamos demonstrar aos produtores rurais que a RB-51® veio para somar no combate a brucelose”, afirma Faria.
No Mato Grosso, o desafio é melhorar a cobertura vacinal do plantel de novilhas e vacas como principal instrumento de redução da prevalência de brucelose, até o novo inquérito epidemiológico a ser realizado em 2014. O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea) pretende instituir Instrução Normativa para tornar obrigatória a vacinação com RB-51 de todas as fêmeas oriundas do estado de Santa Cataria – já que neste estado a vacinação com a cepa B-19 está proibida.
Outro ponto em discussão é a implementação de uma época única para vacinação obrigatória contra a brucelose na região do Pantanal.
A médica veterinária e Responsável pelo programa de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose *(PNCEBT) no Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA), Jociane Cristina Quixabeira dos Santos acredita que a RB-51 é outra possibilidade de controle da doença. “Por conta dos períodos de cheia do Pantanal muitas fêmeas ficam sem a vacina obrigatória, sendo assim precisamos junto com o Ministério da Agricultura e a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal, criar um período de vacinação obrigatório onde todas as fêmeas recebam a proteção”, declara Jociane.
Sobre a doença
Desde 2001, o Brasil conta com o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal – PNCEBT, nascido de uma exemplar ação coordenada entre a classe veterinária e o setor público para o combate a estas zoonoses. No caso da brucelose, o Programa trabalha nesta fase para reduzir significativamente a prevalência da doença, apoiado nas ferramentas de diagnóstico e eliminação dos animais soropositivos e de vacinação das bezerras com a cepa B-19.
Causadora de abortamentos, nascimento de bezerros fracos, retenção de placenta e infertilidade, a brucelose produz grandes perdas econômicas devidas à redução da eficiência reprodutiva. Em saúde pública, destaca-se como uma zoonose - doença transmitida de animais para seres humanos - que acomete principalmente pessoas que trabalham com bovinos, como vaqueiros e veterinários.
Todavia, por induzir a formação de anticorpos aglutinantes que interferem nas provas diagnósticas, a cepa B-19 não pode ser aplicada em animais acima dos oito meses de idade. Esta restrição impede a revacinação e o conseqüente aumento da imunidade de rebanho, essencial à segurança na saúde reprodutiva, ao controle em áreas próximas de focos da doença e à erradicação nas propriedades que atingiram baixos índices de prevalência.
Faria lembra que um programa sanitário completo não se resume à vacinação. “É preciso manter todas as medidas sanitárias, como sorologia e descarte dos animai soropositivos”. O que muda, segundo o Gerente, é que o combate à brucelose ganha uma nova ferramenta: “Agora, com a RB51®, o pecuarista tem a oportunidade de revacinar as fêmeas e aumentar sua segurança”.
Universidade Corporativa
A Universidade Corporativa é uma ferramenta de gestão do conhecimento que tem por finalidade tratar a educação corporativa praticada na empresa de forma estruturada.
O que chama a atenção na Universidade Corporativa é a inovação ao abranger todo o elo da cadeira da pecuária e não apenas nossos colaboradores. Ou seja, existem cursos e programas voltados para nossos parceiros comerciais, clientes, Médicos Veterinários e estudantes. Os conteúdos incluem, além da saúde e produtividade animal, técnicas de gestão, marketing e vendas.
Tudo começou com o Curso MSD de Gestão e Marketing, levado às Universidades em 2008. Esta é uma idéia inovadora no âmbito da medicina veterinária, já que empresa leva para dentro das salas de aula o conhecimento técnico para os alunos, mostrando o grande diferencial da Universidade Corporativa. A experiência inverteu o fluxo tradicional do conhecimento, que costuma partir da instituição de ensino para o mercado.
Neste caso, mostramos que temos mais a oferecer além de nossos produtos. No caso da RB-51® a U-Corp disponibiliza o curso Uso da Vacina RB-51 no Controle da Brucelose Bovina para atualização dos médicos veterinários da defesa sanitária, para os fiscais sanitários e para os médicos veterinários da iniciativa privada. Além desse curso as atividades da instituição de ensino estão incluídos cursos e workshops presenciais, dias de campo e ensino a distância.
“O trabalho de investir e cuidar do capital intelectual da corporação por meio de treinamentos presenciais ou de aprendizagem a distância já acontece há muito tempo, contudo não era estruturado. Agora, com a Universidade Corporativa, manteremos todos os cursos sob uma mesma ótica”, explica Sebastião Faria, coordenador do projeto.
Fonte: Alfapress Comunicações
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