Saúde Animal

Minas Gerais Reforça Medidas de Prevenção à Brucelose na Pecuária Leiteira

Pecuaristas têm prazo até 31 de julho para vacinar bezerras e até 10 de agosto para declarar a vacinação ao IMA


Publicado em: 26/07/2024 às 11:45hs

Minas Gerais Reforça Medidas de Prevenção à Brucelose na Pecuária Leiteira

Minas Gerais, o maior produtor de leite do Brasil, com uma produção superior a 9 bilhões de litros anuais, está intensificando suas medidas de prevenção contra a brucelose. A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) ressaltou a importância da vacinação das bezerras, uma vez que a doença pode ser transmitida ao ser humano através do consumo de leite não pasteurizado de animais infectados.

O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Seapa, está conduzindo uma campanha de vacinação focada em bezerras com idades entre 3 e 8 meses, considerada a medida mais eficaz para a prevenção da brucelose, visando proteger a saúde pública e evitar danos econômicos. Os pecuaristas têm até o dia 31 de julho para vacinar suas bezerras e até o dia 10 de agosto para declarar a vacinação ao IMA.

Atualmente, Minas Gerais já imunizou mais de um milhão de fêmeas bovinas e bubalinas contra a brucelose, o que corresponde a 45,3% da população desses animais com idade entre 0 e 12 meses. O objetivo, conforme estipulado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), é atingir um índice de vacinação de 80% do rebanho elegível.

A produção leiteira em Minas Gerais é de extrema importância, especialmente considerando a fabricação dos renomados queijos artesanais de Minas, produzidos a partir de leite cru. O estado conta atualmente com 151 queijarias artesanais registradas no IMA. Luciana Oliveira, coordenadora do Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) em Minas Gerais, alertou sobre os riscos do consumo de queijo artesanal sem registro oficial, pois não há garantia de que o leite utilizado seja de animais livres da doença.

O IMA realiza inspeções e fiscalizações higiênico-sanitárias, desenvolve regulamentações específicas para cada tipo de queijo artesanal e verifica fazendas, queijarias e entrepostos para assegurar o cumprimento das normas de boas práticas agropecuárias e de fabricação artesanal.

A vacinação contra a brucelose deve ser realizada por profissionais cadastrados no IMA, devido ao risco associado à vacina viva, que contém a bactéria atenuada. No PNCEBT, há duas categorias de profissionais: os cadastrados, responsáveis pela vacinação, e os habilitados, que realizam testes diagnósticos de brucelose e tuberculose. Profissionais cadastrados para vacinação não podem realizar exames diagnósticos, a menos que possuam habilitação em ambas as áreas, emitida pelo Mapa.

A certificação de propriedades livres de brucelose e tuberculose oferece diversos benefícios, incluindo melhorias nos índices produtivos e reprodutivos do rebanho, acesso a novos mercados e isenção de apresentação de laudos negativos para a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) em determinadas situações. Para obter a certificação, é necessário realizar exames em todos os animais do plantel, repetir os testes após seis meses e seguir os procedimentos supervisionados pelo IMA. O certificado tem validade de um ano e deve ser renovado anualmente. As orientações para a certificação estão disponíveis no site do IMA, oferecendo aos produtores um guia completo para garantir a saúde e qualidade do rebanho em Minas Gerais.

Fonte: Portal do Agronegócio

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