Publicado em: 03/10/2024 às 10:00hs
A tradicional temporada de primavera, período de vendas de reprodutores, é uma oportunidade estratégica para os criadores adquirirem animais melhoradores para seus rebanhos. Nesse contexto, os índices do Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne (Promebo) tornam-se ferramentas essenciais para a tomada de decisão, ajudando os produtores a escolherem animais que atendam às suas necessidades e metas comerciais.
Embora muitos leilões utilizem esses dados como atrativo, é crucial que os criadores foquem nos índices e características mais relevantes para seus rebanhos e objetivos de produção.
O Promebo disponibiliza quatro índices principais que ajudam os produtores a melhorar a performance de seus rebanhos. Laerte Rochel, coordenador do programa, destaca o Índice de Desmama, voltado para criadores que buscam terneiros mais pesados ao desmame, prática que favorece a rentabilidade, especialmente em sistemas de comercialização precoce. Rochel salienta a importância de equilibrar essa característica com o peso ao nascer, que influencia a facilidade de parto, essencial para evitar complicações em novilhas jovens.
Outro índice relevante é o Índice Final, ideal para quem deseja maximizar o ganho de peso dos animais da desmama até o sobreano. Ele leva em consideração aspectos como conformação e características reprodutivas, como o perímetro escrotal. Este índice é particularmente útil para criadores voltados ao mercado de abate, buscando terminar animais mais pesados.
Para os criadores que desejam focar na qualidade da carcaça, o Índice Bioeconômico de Carcaça é uma ferramenta essencial. Ele analisa o rendimento com base em ganho de peso, área de olho de lombo, espessura de gordura subcutânea e intramuscular. Rochel destaca que, ao comparar animais com diferentes índices, é possível estimar o valor agregado das carcaças, permitindo que produtores que atuam diretamente com frigoríficos maximizem os resultados financeiros através da genética.
Além desses, o Índice de Adaptação avalia a resistência dos animais a ectoparasitas, como o carrapato, e a capacidade de adaptação ao ambiente. Esse índice é fundamental para raças taurinas, que são mais suscetíveis a parasitas. Selecionar animais com maior resistência e adaptação pode melhorar a sanidade do rebanho e reduzir custos com tratamentos antiparasitários.
Por fim, Rochel reforça que cada criador deve considerar sua realidade, desafios sanitários e climáticos, além dos objetivos comerciais ao escolher os índices a serem priorizados. "A seleção de touros equilibrados, que atendam tanto ao perfil da propriedade quanto às exigências do mercado, é fundamental para o sucesso da produção", conclui.
Fonte: Portal do Agronegócio
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