Publicado em: 10/04/2012 às 09:25hs
A aveia e o azevém são alternativas viáveis em regiões em que o inverno é chuvoso ou em áreas com sistema de irrigação disponível. Trata-se de uma prática ainda pouco difundida, mas já utilizada pelos produtores do programa Balde Cheio nas propriedades leiteiras.
Para falar sobre este assunto, o Prosa Rural desta semana convidou a pesquisadora da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos/SP), Patrícia Anchão, e o pecuarista Ricardo Schiavinato, de Serra Negra (SP), que adota a tecnologia há cinco anos.
Segundo a pesquisadora, no inverno os capins tropicais possuem baixa produção, devido às baixas temperaturas e à pouca luminosidade. Em consequência, a produtividade animal também cai. Assim, o produtor precisa recorrer a alimentos concentrados e volumosos na dieta de bovinos, principalmente de leite. Estes alimentos, como a silagem e a cana-de-açúcar têm custo mais elevado do que o pasto. A sobressemeadura de forrageiras temperadas contribui para reduzir o uso de volumosos, já que a aveia e o azevém são forragens de alta qualidade.
Dessa forma, essa prática reduz os custos de produção. Além disso, diminui as áreas de plantio dos alimentos volumosos, pois a sobressemeadura utiliza o mesmo espaço do capim tropical. Essa é também uma vantagem ambiental, já que o produtor não precisa avançar sobre áreas preservadas com matas, nem usar defensivos ou herbicidas.
“A época ideal para a realização da sobressemeadura vai variar de acordo com a região. No Sudeste, nós indicamos a segunda quinzena de abril, quando as temperaturas começam a ficar mais baixas. É importante a sobressemeadura ser realizada nessa época para que o produtor possa usar o pasto por maior período de tempo”, destaca Patrícia. Segundo ela, trata-se de uma tecnologia simples e barata, com custos relacionados à aquisição das sementes de aveia e azevém e ao trabalho de distribuir a semente na área.
Saiba mais sobre este assunto ouvindo o Prosa Rural, o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Fonte: Embrapa Pecuária Sudeste
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