Pastagens

Recuperação de Pastagens Degradadas Através da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

Estratégia sustentável promove a restauração do solo e aumenta a produtividade, equilibrando desenvolvimento rural e conservação ambiental


Publicado em: 11/10/2024 às 07:30hs

Recuperação de Pastagens Degradadas Através da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

O manejo de pastagens no Brasil tem se destacado como uma solução eficaz para reverter a degradação do solo e incrementar a produtividade agrícola. Essa degradação, que impacta diretamente a produtividade e a conservação dos recursos naturais, afeta cerca de 28 milhões de hectares de pastagens, conforme dados recentes da Embrapa. Os estados mais afetados incluem Mato Grosso, com 5,1 milhões de hectares, seguido por Goiás (4,7 milhões de hectares), Mato Grosso do Sul (4,3 milhões de hectares), Minas Gerais (4 milhões de hectares) e Pará (2,1 milhões de hectares).

Nesse contexto, o sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) emerge como uma abordagem sustentável e eficaz para a recuperação das áreas degradadas. De acordo com Marina Lima, zootecnista e técnica de sementes e sustentabilidade da Sementes Oeste Paulista (Soesp), a rotação de culturas agrícolas, pastagens e a introdução de árvores no sistema oferece uma série de benefícios, incluindo:

  • Preservação da saúde do solo por meio do aumento da biodiversidade.
  • Melhoria na ciclagem de nutrientes e na matéria orgânica.
  • Aumento da infiltração e retenção de água.
  • Combate à erosão.
  • Redução da temperatura do solo, contribuindo para a diminuição do déficit hídrico das plantas.
  • Proporcionamento de conforto térmico e bem-estar aos animais, resultando em maior ganho de peso e melhorias nos índices reprodutivos.
  • Contribuição para o balanço de carbono na produção de bovinos.

Além disso, a diversificação das atividades no sistema ILPF reduz os riscos econômicos associados a variáveis climáticas e de mercado, além de promover a exploração sustentável da madeira, energia e fibras provenientes de florestas plantadas, criando novas fontes de renda para os produtores rurais.

A adoção do sistema ILPF tem crescido anualmente, com mais de 17 milhões de hectares já implementados no Brasil, com o objetivo de dobrar essa área até 2030, segundo dados da Rede ILPF. A Soesp, associada à Rede ILPF desde 2018, promove a adoção dessa integração entre empresas privadas e a Embrapa, visando intensificar de forma sustentável a produção agropecuária brasileira.

A técnica de sementes e sustentabilidade da Soesp destaca que a empresa contribui diretamente para a recuperação de áreas degradadas por meio da comercialização de forrageiras adaptadas ao sistema ILPF. Essas forrageiras são mais tolerantes ao sombreamento, gerando maior quantidade de massa para formação de palhada e pastejo, além de apresentarem um sistema radicular bem desenvolvido. Entre as opções forrageiras mais indicadas para a ILPF estão:

  • Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã,
  • Brachiaria brizantha cv. Marandu,
  • Brachiaria brizantha cv. Paiaguás,
  • Panicum maximum cv. Tamani,
  • Panicum maximum cv. BRS Zuri,
  • Brachiaria ruziziensis, que se destaca como a forrageira mais recomendada para sistemas de Integração Lavoura-Pecuária (ILP) com pastejo temporário na entressafra.

“A utilização de forrageiras adaptadas à ILPF tem mostrado resultados surpreendentes, garantindo uma recuperação mais rápida do solo e aumentando a capacidade de produção”, conclui Marina Lima. Todas essas forrageiras estão disponíveis no portfólio da Soesp, incluindo as tecnologias Advanced e convencional.

Fonte: Portal do Agronegócio

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