Publicado em: 02/03/2012 às 18:10hs
Na formação de pastagem se estabelece todo o processo inicial da produção pecuária. Se a formação for mal feita, o resultado não será o mesmo obtido no caso de um manejo adequado. Entre os fatores essenciais para a boa produção de pastagem está o preparo de solo e a correção com fertilizantes e corretivos, como calcário e gesso. Logo em seguida, vem a necessidade de determinar qual o nível de semeadura a ser aplicada, tomando os devidos cuidados com a qualidade das sementes. É o que recomenda o Dr. Moacyr Corsi, professor do departamento de zootecnia da USP-Esalq. Ele aborda a questão da formação de pastagem e recuperação de pasto degradado, um dos temas do “1º Encontro Alta de Gerentes e Capatazes”, realizado pela Alta Genetics, em Uberaba (MG), entre os dias 01 a 03 de março.
Depois da semeadura, é importante que haja uma compactação, fazendo com que as sementes tenham maior contato com o solo, o que promove uma condição de germinação muito rápida da planta forrageira. Com isso, estabelece-se uma germinação de sucesso — afirma o professor.
Ao mesmo tempo, ele diz que aparecerão plantas invasoras localizadas em diferentes profundidades do solo, o que faz com que tenham sempre uma condição ideal para se estabelecer. Por isso, depois da semeadura e compactação, há a necessidade de, dentro de 15 dias, fazer uma aplicação de herbicida.
Daí para frente, o próximo passo é o primeiro uso do pasto. É comum que ele seja feito após a semeadura, o que é muito errado. Quando isso acontece, perde-se a forragem por acamamento e a qualidade da forragem. Além disso, o aproveitamento da forragem produzida fica muito baixo. Por isso, deve-se fazer o primeiro pastejo somente quando a planta atingir uma altura entre 30cm e 50cm, dependendo da espécie forrageira — orienta o entrevistado.
Já quando a questão é adubação, Corsi é enfático. Para ele, não há como fazer uma recomendação de adubação sem realizar uma análise de solo previamente. Além disso, muitas vezes, o produtor faz a análise tardiamente, já no período das chuvas. Isso pode impossibilitar o uso correto de corretivos.
Quando o assunto é a degradação do pasto, as pragas são algumas das principais responsáveis. Por exemplo, o controle das cigarrinhas da pastagem está sendo feito com mais consciência atualmente, mas, em algumas regiões, ela não é controlada. Isso provoca a degradação dos pastos rapidamente — explica.
Outra questão importante citada pelo professor é a fertilidade do solo que, somada ao controle de pragas, caracterizam as principais razões para um pasto degradado.
Se fizermos um manejo correto, o reflexo pode ser um aumento na produtividade de 5 arrobas por hectare para 50 — garante.
Para mais informações, basta entrar em contato com a USP-Esalq através do número (19) 3429-4100.
Fonte: Kamila Pitombeira/Portal Dia de Campo
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