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Estratégias para Superar os Desafios da Pecuária no Sul: Forrageiras de Inverno e Suplementação Mineral Aditivada

Uso integrado de pastagens de alta qualidade e suplementação nutricional adequada são essenciais para o bom desempenho animal durante o inverno


Publicado em: 27/08/2024 às 08:00hs

Estratégias para Superar os Desafios da Pecuária no Sul: Forrageiras de Inverno e Suplementação Mineral Aditivada

A pecuária no sul do Brasil enfrenta desafios significativos durante o inverno, quando as pastagens perenes – aquelas que não necessitam de replantio anual – sofrem uma queda considerável na oferta de nutrientes. Essa redução afeta não apenas a qualidade, mas também a quantidade de forragem disponível para o gado. Uma prática eficaz para mitigar esse problema é a Integração Lavoura-Pecuária (ILP), amplamente adotada na região. “A ILP permite o uso intensivo do solo, respeitando os critérios técnicos de manejo e conservação, e aproveita a sinergia entre as pastagens e as lavouras de grãos”, explica Eduardo Cavaguti, consultor técnico Beef da Trouw Nutrition.

Após a colheita da soja, que geralmente ocorre entre março e abril, é comum o plantio de forrageiras de inverno, como aveia e azevém, as mais utilizadas na região. O pastejo dessas culturas pode começar entre 45 a 60 dias após a semeadura e se estende até setembro ou outubro, quando as áreas retornam à lavoura. Essas pastagens podem ser utilizadas de forma contínua ou rotacionada. No sistema rotacionado, as áreas são divididas com cercas elétricas temporárias, o que permite uma recuperação mais eficiente das forrageiras após curtos períodos de pastejo em cada piquete.

Segundo Cavaguti, "as forrageiras de inverno são excelentes alternativas de alimentação durante o frio, mas a produção de aveia e azevém depende da umidade do solo, sendo ambas exigentes nesse aspecto. Essas forrageiras têm alto valor nutricional, especialmente em termos de proteína. Portanto, a suplementação energética, principalmente com carboidratos não estruturais como o amido, melhora o aproveitamento da proteína fornecida por essas plantas."

Para garantir o melhor desempenho zootécnico, é essencial que os animais consumam todos os nutrientes em quantidades adequadas, incluindo proteína, energia e minerais. "O consumo abaixo do recomendado resulta em desempenhos inferiores ao esperado. Dependendo do tipo de suplemento oferecido, é importante respeitar o espaço mínimo de cochos saleiros por animal, o que melhora o consumo individual e de lote, além de reduzir conflitos entre os animais", destaca o especialista.

Para otimizar a eficiência e aumentar os ganhos, Cavaguti recomenda o uso do suplemento mineral aditivado Bellisco V, específico para bovinos em pastagens de alta qualidade. "O Bellisco V contém hidroximinerais como cobre, zinco e manganês (IntelliBond®), que são altamente biodisponíveis e absorvidos de forma eficiente no intestino. Além disso, a monensina (ionóforo) presente no suplemento melhora a eficiência alimentar, enquanto o tanino promove um melhor aproveitamento da proteína da dieta, tornando-o uma excelente opção para essas condições de pastejo."

Combinando alta tecnologia em suplementação com um sistema de produção intensivo, é possível transformar a pecuária de corte, garantindo alimentação de qualidade e melhor desempenho animal, mesmo nos períodos mais frios do ano.

Fonte: Portal do Agronegócio

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