O fato reduz a necessidade da utilização de grandes quantidades de rações e suplementos alimentares para a nutrição animal. Na avaliação dos técnicos, essa é a principal razão para que a produtividade de leite e a oferta de animais aptos ao abate não tenham decaído de forma acentuada durante a entressafra.

No Rio Grande do Sul e Santa Catarina, devido às repetidas noites com temperaturas baixas e formação de geadas em algumas regiões, os pastos nativos não apresentam perfeitas condições para o pastoril. O frio, por outro lado, segundo a Somar, favorece o desenvolvimento das pastagens de inverno, como aveia e centeio. Isso mantém o gado com satisfatório ganho de peso. Já em Mato Grosso, a falta de chuva das últimas semanas levou a uma redução dos níveis de umidade do solo e, consequentemente, à deterioração dos pastos, o que é comum para esse período do ano.

No Nordeste, por sua vez, a situação permanece crítica, já que não há registro de precipitação há mais de 120 dias. Os meteorologistas apontam que as chuvas ocorrem apenas na faixa litorânea da região. No Norte, após uma temporada chuvosa e com alagamentos, as chuvas deram trégua nas últimas semanas. Apesar disso, os pastos ainda se encontram em condições de pastoril.

Para os próximos dias, há previsão de chuvas para terça, dia 30, e quarta, 31, em boa parte da região Sul. O clima deve manter os solos com bons níveis de umidade e proporcionar condições favoráveis para o crescimento e desenvolvimento das pastagens. Nas demais regiões do Brasil, o tempo deve permanecer aberto e ensolarado, com as temperaturas em elevação. No Rio Grande do Sul, após a passagem da frente fria, uma nova massa de ar polar deverá atingir o Estado e há, novamente, condições para formação de geadas.