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Produção de leite e cooperativismo são temas de tarde de campo em Santo Cristo

Há quatro gerações, o trabalho da família Brandt tem continuidade em sua propriedade, localizada na linha Larga, interior de Santo Cristo


Publicado em: 10/09/2012 às 16:00hs

Produção de leite e cooperativismo são temas de tarde de campo em Santo Cristo

Há 20 anos, o casal Vilmar e Ariane Brandt assumiu a gestão dos 33 hectares de terra, onde trabalham e vivem com a avó Maria e as filhas Tatiane e Lisiane. Na quinta-feira (06/09), a propriedade dos Brandt sediou uma tarde de campo durante o Seminário de Produção de Leite a Pasto e Produção Orgânica, atividades relacionadas a estratégias para as cooperativas da agricultura familiar.

Em torno de 100 pessoas visitaram a propriedade e puderam verificar a criação de diferentes animais, entre eles, 21 vacas (18 em lactação), 16 novilhas, dez terneiros, um touro e seis bovinos de corte, além de suínos e galinhas para consumo próprio. O bem-estar animal é uma das preocupações da família, que adotou o sistema de piqueteamento de pastagens, suplementação alimentar – quando necessária – com silagem de milho, e oferta de sombra à vontade.

O trator adquirido pela família foi quitado com a renda proveniente de vacas e novilhas. Também facilitam o trabalho outros maquinários como ensiladeira, carretão, distribuidor de esterco, semeadeira, pé de pato, pulverizador plataforma e equipamentos de ordenha.

Nas quatro estações estruturadas na tarde de campo, os temas debatidos foram pastagens, segurança alimentar, criação da terneira e instalações. Em uma das estações, o assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar, médico veterinário Jorge João Lunardi, tratou das possibilidades do uso de plantas medicinais em animais, e abordou a importância do bem-estar dos agricultores e dos animais. “É preciso que o local de ordenha seja limpo, seco, desinfetado, ventilado e calmo. Isso faz bem para o ordenhador e para os animais. Também interessa que a penosidade do trabalho seja a menor possível e que a pessoa responsável pela ordenha seja higiênica, caprichosa, cuidadosa e, sobretudo, feliz”, afirmou Lunardi.

A Tarde de Campo integrou a atividade prática do Seminário de Produção de Leite a Pasto e Produção Orgânica, atividades relacionadas a estratégias para as cooperativas da agricultura familiar. Durante a manhã, uma rodada de palestras, realizada no Centro Cultural de Santo Cristo, apresentou os temas propostos. A coordenadora da Unidade de Cooperativismo da Emater/RS-Ascar, Cleia Moraes, abordou o tema “Cooperativismo e Desenvolvimento Rural”. Na sequência, o coordenador técnico da AREDE, Ademir Ribeiro do Amaral apresentou esclarecimentos acerca de normas de certificação para produtos orgânicos. “Em um país que cresce de forma gradativa economicamente, surgem consumidores em potencial de produtos orgânicos, dispostos a pagar um pouco a mais para comer alimentos saudáveis, sem veneno”, observou Ademir.

Já o médico veterinário da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, Ricardo Lopes Machado, explanou sobre a produção de leite a pasto na agricultura familiar, uma vez que em torno de 70% das 134 mil unidades produtivas de leite no Rio Grande do Sul, produzem até três mil litros leite/dia. Para que a atividade leiteira seja interessante, segundo Machado, é preciso observar aspectos como “trabalhar menos como ‘garçom’ de vacas e faxineiro de estábulo, manter a perenidade produtiva das pastagens, diminuir os custos, aumentar rentabilidade e adotar práticas que levem à qualidade de vida”.

O evento foi promovido pelo escritório regional e Unidade de Cooperativismo da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, juntamente com a UNICOOPER, AREDE e Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR).

Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

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