Publicado em: 11/07/2012 às 15:00hs
Mato Grosso e Bahia lideram a produção nacional de algodão com 81,5% da área plantada, segundo o último levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Aplicada (Imea). O balanço mostrou ainda que nos dois estados houve problemas na safra por razões climáticas. As perdas na Bahia foram grandes por causa da seca, chegando a 14%. Em Mato Grosso o cenário é diferente, a incidência de chuvas no fim do ciclo afetaram a qualidade de parte da produção, no entanto, o volume a ser colhido deve ser 5,1% superior à safra passada.
"Mato Grosso colheu 13% da área plantada. Esse número está dentro da normalidade. Em relação ao ano passado só caiu 1%. Nas próximas semanas os produtores vão continuar colhendo e a tendência é evoluir. Apesar das chuvas terem provocado estragos na produtividade e na qualidade de parte da primeira safra, a produção vai ser ainda maior", explica a analista de mercado do Imea,Elisa Gomes.
"O fim das chuvas já está favorecendo a colheita, estamos conseguindo avançar bastante", observa ao Agrodebate Alexandre de Marco, diretor da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) e produtor em Campo Verde, no sul do estado.
A produtividade da pluma em Mato Grosso deve se recuperar na segunda safra, que ainda não começou a ser colhida. Mato Grosso deve ser responsável por 51% do próximo ciclo.
Preços
A pluma valorizou 3,76% nesta semana. Em Campo Verde, por exemplo, chegou a R$ 46,76 a arroba. Desde quando iniciou a colheita, há aproximadamente um mês, os preços subiram 5,58%. "Os preços estão reagindo assim porque os produtores estão focados na colheita e no cumprimento dos contratos futuros", analisa Elisa Gomes.
Exportações
Mato Grosso exportou 35,4 mil toneladas de algodão em maio, representando 60% do volume exportado pelo país. A Bahia contribuiu com 20,9%, ficando na vice-liderança com 12,3 mil toneladas. O Imea alerta que com a quebra de safra nordestina, Mato Grosso e Goiás podem aumentar suas participações com o escoamento da safra 2011/12.
"A quebra no nordeste favorece Mato Grosso na medida em que os compradores começam a procurar o produto e não conseguem encontrar naquela região e vêm em busca da pluma do estado", analisa Alexandre de Marco.
Fonte: Agrodebate
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