O evento, organizado pela Consultoria PEC2 e Taquari Leilões, abrirá um novo mercado para os selecionadores de touros e levará uma genética moderna ao sistema de criação de gado no Pantanal, melhorando a qualidade do rebanho. O modelo segue os mesmos moldes de feiras realizadas nos EUA e Argentina, por exemplo, onde os compradores avaliam os animais pelas DEPs e, presencialmente, negociam direto com o criador.

O médico veterinário Mário Luiz Pompeo, titular da Consultoria PEC2, explica que os leilões, atualmente a principal forma de negociar gado, podem por vezes agrega muito valor aos animais para poder cobrir os custos de operação do evento.  “Mas hoje, se um touro custar mais que cinco mil reais, sai mais barato fazer a inseminação”, pondera o veterinário. As formar de pagamento, aliás, serão tratadas entre vendedor e comprador.

Além de gerar negócios, o Mercadão de Touros tem como intuito estabelecer relacionamento entre as partes para que a interação resulte em outras oportunidades nos “mercadões” de outros anos ou em outras ocasiões. “Cada um faz o seu negócio. Quem for, vai sabendo que verá animais comerciais com preços referência de mercado para touros, que é entre 45 e 50 arrobas de boi gordo. O pecuarista pode ir com a intenção de substituir a cabeceira de seu plantel de reprodutores por animais avaliados e assim em diante, até renovar todos os animais inferiores geneticamente”,  sugere Mário Pompeo.

Estrutura

Para que a avaliação seja feita de forma precisa, o Mercadão irá durar três dias e será feito em local adequado para separar lotes de mais ou menos dez animais, facilitando a visualização. O recinto de leilões da Taquari na Fazenda Corixão, próxima ao município de Rio Verde do Mato Grosso/MS, tem área de camping e permitirá o pernoite dos interessados nos touros. “Até o Corixão o pessoal chega de carro de passeio. A partir dali, a Taquari tem à disposição três comitivas prontas pra levar os touros pro Pantanal”, informa Pompeo.

Além de ofertas de animais, o Mercadão de Touros 2012 no Corixão terá em sua programação palestras e expositores de insumos e tecnologias voltadas para exclusivamente para o Pantanal. “A genética é nova, mas o jeito de comercializar é velho, no fio do bigode”, conclui Mário Pompeo.