Publicado em: 21/08/2012 às 15:10hs
De acordo com a nova avaliação do Valor Bruto da Produção (VBP) divulgado ontem pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mato Grosso fechará a safra 2011/12 com faturamento de R$ 34,64 bilhões, ante R$ 33,59 bilhões apurados em São Paulo.
De janeiro a julho, essa é a primeira vez que a liderança muda de mãos e fica em linha com outro recorde estadual, o de maior produtor nacional de grãos e fibras, líder na oferta nacional de soja, algodão e milho segunda safra. Os dados sobre o VBP são calculados a partir dos levantamentos de safra realizados mensalmente pelo Mapa e que são multiplicados pelo valor médio de cada cultura, ou seja, o VBP reflete o faturamento de cada cultivo da porteira para dentro, valor médio de mercado multiplicado pelo volume produzido. O Mapa avalia as 20 principais culturas.
Com a correção da receita apurada da porteira para dentro, Mato Grosso amplia em 18,18% o VBP calculado em junho, R$ 29,31 bilhões e cresce 14,05% em relação ao consolido no ano-safra 2010/11, R$ 30,37 bilhões. O saldo atual é recorde na série histórica local.
Contribuíram para esta performance a valorização de duas das principais commodities mato-grossenses, soja e milho, que sozinhas representam quase 79% de todo o VBP estadual. “O VBP mato-grossense se concentra em três culturas, soja, milho e algodão, que juntas representam mais de 90% do total”, destaca o gestor do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Daniel Latorraca. Outro ineditismo registrado no VBP da safra 2011/12 é que a receita do milho ultrapassou a do algodão e passou a ser, depois da soja, a cultura de maior importância no Estado. Nesta temporada, o cereal expandiu em 43% a área plantada, ampliou em mais 100% a produção e o preço do grão, comparando com os mesmos indicadores da safra 2010/11. “No caso do milho, há ganhos de todos os lados. Na sojicultura o maior ganho veio do preço e o algodão que na safra passada teve preços recordes, viu a arroba se acomodar dentro de uma linha histórica de preços, preços esses porém, que não remuneraram o cotonicultor que veio de uma safra fantástica e investiu muito mais na atual temporada, ainda sob colheita em Mato Grosso”.
Ao considerar o faturamento do Centro-Oeste, R$ 63,86 bilhões no período, Mato Grosso mantém a média de responder por mais da metade do total, que neste momento, equivale a 55% da riqueza agrícola produzida na região.
Fonte: Diário de Cuiabá
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