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Leite: produção no sul cresceu 96%

A abertura do evento, nesta terça-feira (3), reuniu autoridades, imprensa, profissionais do setor ? produtores, industrializadores, pesquisadores, entre outros


Publicado em: 04/04/2012 às 11:00hs

Leite: produção no sul cresceu 96%

Os melhores especialistas e as maiores lideranças do setor leiteiro cumprem uma vasta programação até esta quinta-feira (05), no Centro de Cultura e Eventos de Chapecó, para debater os desafios e as potencialidades do setor durante o Interleite Sul 2012 (3o Simpósio Internacional sobre a Produção Competitiva de Leite). A abertura do evento, nesta terça-feira (3), reuniu autoridades, imprensa, profissionais do setor – produtores, industrializadores, pesquisadores, entre outros.

O setor leiteiro tem grande representatividade nos três Estados do sul. Nos últimos 10 anos, a produção cresceu 96% contra 55% do total brasileiro. Passou de 5,2 para 9,6 bilhões de litros, representando 31,3% da produção total do país.  “Esse forte crescimento tem origem em fatores como o perfil da produção estruturada na mão de obra familiar, custos de produção provavelmente mais baixos, boa integração com outras atividades como complemento da renda, aspectos culturais, menor custo de oportunidade da terra e do trabalho, quando comparados com o sudeste, e estrutura cooperativista”, realça o coordenador geral do evento, Marcelo Pereira de Carvalho.

O aumento da disponibilidade de leite, segundo Carvalho, trouxe investimentos na industrialização e uma aproximação entre os preços da região sul com o sudeste. “Em agosto de 2005, por exemplo, o preço do leite em Santa Catarina representava 88% do preço em São Paulo. No último mês, esse percentual subiu para 93% de acordo com dados do Cepea”.

Carvalho complementa que existem desafios não só no sul do Brasil, mas para todo o país. O câmbio, que no passado ajudou, atrapalha a competitividade e expõe as ineficiências. “Sem o amparo da moeda, questões como infraestrutura, custos de captação, produtividade e qualidade tornam-se mais críticas”.

O aumento do custo de oportunidade da terra coloca pressão adicional para o aumento da produtividade para que o leite se mantenha competitivo. O aumento do emprego e da renda da população, se de um lado eleva o consumo de lácteos, de outro contribui para que o custo do trabalho nas propriedades também cresça, forçando tanto uma melhoria na produtividade do recurso como também uma elevação na escala de produção para manter a atratividade.

“Tudo isso sinaliza mudanças em vista no setor, para que voltemos a produzir pelo menos o que consumimos, sem deixar de lembrar que, há alguns anos, o Brasil ensaiou os primeiros passos no mercado externo, hoje relegados a um sonho mais distante que precisa ser resgatado”, reforça o coordenador geral.

Carvalho ressalta, ainda, que é nesse espírito realista, mas esperançoso, que é organizada a terceira edição do Interleite Sul. “Procuramos trazer temas relevantes do ponto de vista do mercado e da tecnologia, visando recuperar a competitividade perdida em função da política cambial e da conjuntura econômica mais ampla”.

O interleite conta com o patrocínio da Agroceres, Bayer HealthCare, Beraca, CRV Lagoa, Dow Agrosciences, Hipra, Lallemand, MSD Saúde Animal e Sulinox. São apoiadores os  laticínios Aurora, DPA e LBR. No apoio institucional estão a CCGL TEC, a Castrolanda, UDESC, a Federação da Agricultura de Santa Catarina, a Secretaria de Agricultura de Santa Catarina, o Convention Bureau, e as Revistas Leite Integral, Balde Branco, Mundo do Leite, AG Leilões, Inforleite, Leite DPA e Produtor LBR, Sebrae/SC, Prefeitura Municipal de Chapecó e Núcleo Oeste de Médicos Veterinários.

PROGRAMAÇÃO


Nesta quarta-feira (4) o Interleite Sul reinicia às 8h30 com o professor Amauri Alfieri, da Universidade Estadual de Londrina, sobre Desafios impostos pelas doenças da reprodução. O professor Mateus Paranhos da Costa, da Unesp Jaboticabal, falará sobre Conforto térmico e bem-estar animal como fatores limitantes para a produtividade de rebanhos leiteiros. Flávia Fontes, do Leite Integral/MilkPoint, prelecionará sobre Como a criação da bezerra pode impactar sua vida produtiva futura.

TEMAS QUENTES


O período da tarde, a partir das 14 horas, será ocupado com três temas: Nutrição de precisão em busca de maior eficiência alimentar, com mínimo impacto ambiental (Alexandre Pedroso, Embrapa), Manejo de pastagens tropicais para o Sul do país: desafios, limitações e potenciais (André Fischer Sbrissia, Udesc), e Manejo de pastagens de inverno para o Sul do país na busca de maior conversão em leite (Paulo César de Faccio Carvalho, UFRGS).

A etapa final do Interleite Sul será cumprida na manhã de quinta-feira (5) a partir das 8h30, quando o pesquisador José Luiz Moraes Vasconcelos, da Unesp Botucatu, falará sobre Novidades para o desafio de emprenhar vacas de alta produção em clima quente.

Luiz Gustavo Nussio, docente da Esalq/USP, discorrerá sobre Tomada de decisão na escolha de híbridos para silagem. Marcos Veiga dos Santos, da FMVZ/USP, abordará o Estágio atual do conhecimento aplicado sobre vacinas para a mastite bovina.

A programação será entremeada com intervalos (“milk break”) e espaços empresariais para anúncio de produtos e de inovações tecnológicas para o setor lácteo.

Informações sobre o evento e as inscrições estão disponíveis no site www.interleite.com.br/sul.

Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional

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