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Insumos são responsáveis pelo alto custo da produção agrícola

O aumento no preço dos insumos agrícolas elevou o custo de produção das principais culturas de Mato Grosso na Safra 12/13


Publicado em: 11/07/2012 às 18:40hs

Insumos são responsáveis pelo alto custo da produção agrícola

O produtor de soja, por exemplo, terá que gastar 27% a mais nesta temporada. Na média do estado, o custo da oleaginosa passou de R$ 1.646 por hectare para R$ 2,107/ha. Os insumos, que custavam R$ 805/ha na Safra 11/12 , já estão sendo vendidos a R$ 1,122/ha. O destaque, neste caso, é para o preço dos defensivos, cuja alta observada foi de 73%, de R$ 223,52/ha para R$ 387,48/ha. Na região médio norte mato-grossense, onde foi observado o maior preço, a alta foi de 34%, aumentando de R$ 2,197 para R$ 1,632/ha. Os dados, que foram divulgadas na segunda-feira (10) pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), revelam ainda que a comercialização dos insumos para a safra 2012/13 alcançou 94% das sementes, 92% dos fertilizantes e 95% dos defensivos comprados. O assunto foi tratado pelo analista do Imea, Cleber Noronha, em entrevista ao Agrodebate.

O produtor de algodão também irá pagar mais caro para plantar a pluma. Em média, o desembolso será de R$ 5,396 mil por hectare, ante a R$ 4,819/ha observados no ciclo anterior. O preço dos defensivos agrícolas exerceram forte influência sobre os preços, passando de R$1,160/ha para R$ 1,479/ha. O gasto com fertilizantes, que correspondem de 20% a 25% do custo total de produção, aumentaram de R$ 1,202/ha para R$ 1,339/ha. Essas alterações no preço acontecem por influência de vários fatores. Além da valorização do dólar, o custo de produção do algodão acompanha a mesma tendência de alta do custo de soja e milho, pois muitos insumos são utilizados nas três culturas. Com a alta dos insumos, os cotonicultores têm um desafio para equilibrar seus resultados, conforme aponta o boletim do Imea.

A produção de milho também ficou mais cara. A alta foi de 7%, de R$ 1,365/ha para R$ 1,211/ha. Em junho, os custos das sementes, dos fertilizantes e dos defensivos aumentaram 13,8%, 12,1% e 3,9%, respectivamente. Com isso, o impacto no custo operacional fez com que esse se elevasse 9,8% no mês. Diferentemente do custo de produção, que segue tendência de alta, o preço da saca de milho não está se recuperando. Por enquanto o produtor apenas observa o aumento de preço do custo, pois a tarefa principal no momento é a colheita do cereal mato-grossense, que vem apresentando grande potencial produtivo dentre os 27,2% da área colhida. De acordo com o Imea, caso o preço continue a cair e o custo a aumentar, a próxima safra poderá ser redimensionada para baixo.

Fonte: Agrodebate

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