Publicado em: 20/04/2012 às 11:00hs
A produtividade estadual reflete a falta de tecnologia empregada dentro dos currais, mas o pecuarista Getúlio Vilela de Figueiredo conta que na sua fazenda de Juara a média/dia por vaca passa de 30 litros, porque ele investe em genética.
A família de Getúlio tem raiz na produção pecuária e desde os tempos de Minas Gerais – onde ainda possui pastos - aprendeu a investir na tecnologia de transferência de embriões. Com mais de mil embriões implantados, o pecuarista se orgulha em dizer que seu rebanho leiteiro é formado por filhos das melhores vacas Gir Leiteira do Brasil e touro holandês. “Atualmente, o ganho de cerca de R$ 0,10 é praticamente o mesmo para qualquer produtor, mas a renda de quem produz 50 litros por vaca é uma, e daquele que produz até 35 litros por vaca é outra. O rendimento é proporcional ao investimento”.
Mesmo se considerando um grande produtor, Getúlio faz questão de demonstrar sua preocupação com o futuro dos pequenos criadores, que têm margens negativas quando se põe na ponta do lápis todos os custos da produção. “O pequeno é muito importante para o Estado e para o município, porque gera emprego e fixa o homem no campo. Sem ele a cadeia não tem êxito e ele, mais do que nunca, necessita de assistência”.
O superintendente do Imea, Otávio Celidônio, observa que na busca por alternativas à renda o pequeno produtor acaba contabilizando ainda mais perdas. Num exemplo de uma praxe no curral, Celidônio destaca entre os dados do Diagnóstico a ânsia de vender o bezerro – que vai mamar até quatro litros de leite por dia por cerca de cinco meses – por menos de R$ 400, cotação que representa o seu baixo poder de barganha. “Se contabilizar o volume de leite que o bezerro demandou até o desmame ele vai ver que ‘gastou’ cerca de R$ 400 por animal que mamou. Durante o período de lactação, esta é a cifra que o produtor deixa de ganhar. Quem produz média de 200 a 500 litros/dia consegue a melhor cotação pelo bezerro no Estado, cerca de 482,93 por cabeça”.
PRODUÇÃO – O trabalho identificou três importantes bacias leiteiras no Estado, sendo a maior dela no sudoeste de Mato Grosso (Pontes e Lacerda, Araputanga, Cáceres, São José dos Quatro Marcos, Jauru e Mirassol D’Oeste), no norte (Terra Nova do Norte, Guarantã do Norte, Colíder e Alta Floresta) e Rondonópolis.
Fonte: Diário de Cuiabá
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