A confirmação das vagas ocorreu na manhã do dia 14 de julho, quando foram cumpridas as etapas decisivas da classificatória aberta de Esteio/RS à seletiva do cavalo Crioulo. A partir de agora, resta apenas mais uma semifinal no circuito, a de Brasília/DF, que acontece entre os dias 25 e 28 de julho no parque da Granja do Torto.

A classificatória aberta do Rio Grande do Sul, disputada por conjuntos credenciados acima dos 18 pontos, foi realizada no tradicional palco da grande final: o parque de exposições Assis Brasil – que desde o dia 11, quando teve início a classificatória, recebeu bom público. A decisão do Freio de Ouro deste ano será entre os dias 22 e 25 de agosto, no primeiro fim de semana da Expointer.

A prova, em ambas categorias, teve bastante alternância de posições e foi considerada equilibrada pelos jurados. A avaliação dos competidores na categoria fêmeas foi feita por Luiz Gustavo Camargo, Sandro Fonseca do Amaral e Telmo Ferreira, e os machos foram julgados por Abel Dourado Filho, Carlos Loureiro de Souza e Daniel Mello.

Entre as fêmeas o melhor desempenho foi o da égua Guardiã de Santa Edwiges, criada e exposta pelo maior vencedor da história do Freio de Ouro, Daniel Anzanello. Sob a montaria do experiente Milton Castro, ginete que mais vezes levantou esse mesmo prêmio, Guardiã conseguiu manter do início ao fim o bom rendimento e encerrou a semifinal com a nota 20,705.

Para José Antônio Anzanello, da cabanha Santa Edwiges, o resultado foi especial por marcar os 20 anos de atuação de Castro no Freio pela cabanha. O criador ainda creditou a conquista ao bom preparo e ao potencial genético do animal. “A mãe dela e o avô já ganharam o Freio de Ouro”, lembrou.

Entre outras, também se destacou na categoria a égua Quizila Ico que largou na 27ª posição e, demonstrando alta funcionalidade, chegou ao terceiro lugar. A ascensão de Quizila rendeu o reconhecimento ao trabalho de Raul Lima com o troféu de Ginete Destaque da categoria. “São éguas com potencial para brigar por boas posições na final”, destacou o jurado Telmo Ferreira.

Nos machos o primeiro lugar ficou com o cavalo Lanceiro Simpatia, de propriedade de Macial Domingos Correa Terra e Filhos e Marcelo Berruti e Filhos, em uma parceria entre um criatório brasileiro e um uruguaio. Lanceiro, que já foi finalista do Freio de Ouro por dois anos, chega à decisão mais uma vez com a montaria de Daniel Teixeira. Lanceiro, que chegou à liderança somente na última etapa, encerrou a prova com a nota 19,936.

Para Rafael Terra da cabanha Tarumã, integrante do condomínio de expositores do animal, a experiência e o vigor físico beneficiaram Lanceiro na competição. “Ele é um cavalo de muita saúde e que agora tem mais tempo de trabalho. Ainda temos algumas coisas para ajustar mas vamos seguir trabalhando para tentar, pelo menos, chegar ao domingo do Freio”.

Daniel Mello, um dos jurados da categoria, considerou que a prova exigiu bastante dos conjuntos e disse ainda que se sobressaiu na disputa quem mostrou que realmente estava melhor preparado. “Além do pré requisito alto, de já ter se credenciado com mais de 18 pontos, este é um período do ciclo em que os animais já estão mais cansados pelo trabalho desenvolvido desde o início do ano”, diz.

Acompanhe abaixo a relação de classificados e acesse no site da ABCCC (abccc.com.br) a planilha com o resultado completo. O circuito do Freio de Ouro tem o patrocínio de Ipiranga, Massey Fergusson, Vivo, Banrisul, Chevrolet, e o apoio da Supra. A Nova Schin é a bebida oficial do evento.