Steven Olson (American Angus Association) e Mike Tess (Red Angus Association of America), falaram para uma plateia de cerca de 350 convidados que lotaram o espaço reservado para o de eventos, no Hotel Sheraton, em Porto Alegre (RS), sobre as principais diretrizes que norteiam os trabalhos de seleção genética nos rebanhos dos EUA e destacaram a importância da informação no processo de escolha dos animais que vão ajudar a formar as futuras gerações.

O uso sistemático da avaliação genômica como informação complementar ao dado da DEP (Diferença Esperada na Progênie) foi um dos pontos que chamou a atenção na palestra dos especialistas que destacaram também a importância da organização e a forte adesão dos criadores ao programa de certificação como fatores fundamentais para o sucesso da produção.

Esteven Olson chamou a questão para o crescimento populacional como fator de pressão sobre a cadeia produtiva da carne, que vai obrigar ajustes e maior empenho no crescimento da produção. O ponto central neste debate, segundo Olson está na elaboração de programas de seleção que privilegiem a informação como principal componente para a identificação de suas matrizes e reprodutores. “A grande quantidade de ferramentas de seleção à disposição dos criadores está proporcionando uma maior precisão nas informações sobre o mérito genético dos animais que vão servir de base para a escolha ou descarte de animais”, destaca.

Outra vantagem apontada foi com relação a aceleração do ganho genético com as informações obtidas a partir do DNA. No modelo de produção da Angus norte americana as informações obtidas a partir da analise de ultrassonografia de carcaça nos animais jovens chegam uma vez por semana no banco de dados da associação, que por sua vez promove a atualização automática da base de dados do programa. “Por semana a America Angus Association recebe o equivalente a 2,25 milhões de DEPs de característica de carcaça para alimentar a base do programa”, declara Alson.