Outros

Chuva impede lançamento da Campanha de Vacinação contra Febre Aftosa em Formosa do Rio Preto

Iniciada em todo Estado no dia 1º de novembro, a campanha seria lançada simbolicamente na ex-zona tampão


Publicado em: 09/11/2012 às 11:40hs

Chuva impede lançamento da Campanha de Vacinação contra Febre Aftosa em Formosa do Rio Preto

A tão esperada chuva, depois do longo período de estiagem, impediu na noite desta quarta-feira (8), que o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, e o diretor de Defesa Animal da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia, (Adab), vinculada à Seagri, Rui Leal, fizessem na manhã de hoje (9) o lançamento simbólico da campanha no município de Formosa do Rio Preto, um dos oito municípios que faziam parte da ex-Zona Tampão, agora classificada como Área de Proteção. A forte chuva que caiu na região, iluminada por relâmpagos, impediu que a aeronave Caravan, transportando o secretário, o diretor da Adab, o fotógrafo Heckel Junior e o chefe da Ascom Seagri, Josalto Alves, pousasse no aeroporto de Barreiras, seguindo, por segurança, para o aeroporto de Petrolina, em Pernambuco. “foram as cinco horas mais longas de minha vida”, desabafou o jornalista.

Iniciada no dia primeiro deste mês, a segunda etapa da Campanha de Vacinação Contra a Febre Aftosa de 2012 será encerrada no dia 31. Nesta etapa, serão vacinados apenas os animais com idade até 24 meses, exceto na Zona de Proteção, composta pelos municípios de Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia, Mansidão, Buritirama, Campo Alegre de Lourdes, Pilão Arcado, Remanso e Casa Nova, onde todo o rebanho precisa ser imunizado contra a Febre Aftosa. Mas, independente da faixa etária, é necessário declarar a vacinação de todo o rebanho em um dos escritórios da Adab.

O rebanho baiano está estimado em 11.587.459 milhões de cabeças. Desse total, 4.976.226 milhões de bovinos e bubalinos estão entre zero e 24 meses de idade e 97,12% foram vacinados contra a febre aftosa na Bahia em novembro do ano passado. Na Zona de Proteção, onde a vacina foi aplicada em todos os animais, o índice alcançou 96,87% no mesmo período.

“Apesar de estarmos passando pela pior estiagem dos últimos 50 anos, os criadores apoiam as ações de defesa e vacinam seus animais, numa prova de união e esforços em prol defesa da pecuária baiana”, disse o secretário Eduardo Salles, lembrando que os índices estão bem acima dos 90% exigidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para estados livres de febre aftosa com vacinação”. De acordo com ele, “isso mostra o comprometimento do Estado com a defesa agropecuária, e dos criadores em colaborar com o desenvolvimento do setor”.

A redução da faixa etária vacinal nesta etapa de vacinação de novembro beneficia aproximadamente 265 mil pecuaristas em 409 municípios baianos. No total, cerca de 6,5 milhões de animais adultos deixarão de ser vacinados, representando economia da ordem de cerca de R$ 11 milhões para os criadores baianos. “Esse montante poderá ser investido na qualificação do rebanho, consolidando a atividade pecuária em todo o território baiano”, avalia o diretor geral da Adab, Paulo Emílio Torres. Segundo ele, as atividades para garantir a sanidade do rebanho baiano vem sendo consolidadas a cada ano pelo governo do Estado e pelos criadores, que já entendem a defesa agropecuária como uma política pública. “Por isso as nossas atividades, aliadas ao processo de modernização da pecuária, estão dando resultados positivos e superando os desafios do setor”, disse Torres.

Os destaques da etapa de novembro do ano passado foram as coordenadorias regionais de Irecê (99,26%), Itapetinga (99,14%) e Itaberaba (99,11%). “Chegamos a esses resultados com o fundamental apoio de instituições parceiras, compartilhando ações e incentivando o aprimoramento das atividades de defesa para o alcance dos índices expressivos de vacinação dos animais na Bahia”, acrescenta o diretor de Defesa Animal, Rui Leal.

Dentre as medidas desenvolvidas para consolidar o aumento gradativo dos índices vacinais nos últimos anos, a Adab tem promovido uma intensa reestruturação do sistema de atenção veterinária, principalmente do trânsito de animais e da vigilância ativa das propriedades, propiciando maior segurança aos serviços oferecidos ao produtor. A implantação da Guia de Trânsito Animal (GTA) por meio de máquinas POS (e-GTA), a aquisição do Sistema de Integração Agropecuária (Siapec) e a implantação do Sistema de Monitoramento Via Satélite (AdabSat) são outros fatores que possibilitam a qualidade das atividades dos técnicos da Adab no campo e a segurança das informações da base cadastral.

O sucesso das campanhas contra a Febre Aftosa também é resultado das parcerias estabelecidas com associações, sindicatos, prefeituras municipais e da Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb). “Os intensos trabalhos em todo o território baiano promoveram medidas de conscientização dos produtores e as atividades de educação sanitária realizadas nos municípios também estão contribuindo positivamente para colocar a Bahia em posição de destaque no cenário agropecuário nacional”, avalia o presidente da Faeb João Martins. “Os criadores do Estado estão atendendo de prontidão aos procedimentos da vacinação e declaração e, por isso, os resultados aumentam a cada etapa de vacinação da campanha, mesmo diante de cenários climáticos tão desfavoráveis como os que estamos vivendo atualmente”.

Nos oito municípios componentes da Zona de Proteção (Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia, Mansidão, Remanso, Buritirama, Casa Nova, Pilão Arcado e Campo Alegre de Lourdes) os pecuaristas deverão continuar vacinando todos os animais – jovens e adultos – para manter o rebanho livre da fere aftosa, já que fazem divisa com estados caracterizados com status sanitário de médio risco. “Nosso Estado tem demonstrado uma forte vocação agropecuária, refletida pelos crescentes indicadores de produtividade, diversificação e comercialização de produtos e serviços gerados no agronegócio”, destaca a Superintendente Federal da Agricultura, Virgínia Hagge, destacando que a Bahia é detentora do maior rebanho bovino da região Nordeste e tem apresentado, nos últimos anos, uma estabilidade sanitária referenciada nacionalmente.

Com a alteração da estratégia de vacinação contra a Febre Aftosa no Estado, o rebanho baiano passa a ter as mesmas condições sanitárias dos rebanhos dos estados de RS, PR, SP, MG, ES, MS, GO, TO, MT e RO. “Essa é mais uma conquista decorrente das ações permanentes de vigilância veterinária, dos índices crescentes de vacinação dos animais e da eficiência na fiscalização do trânsito”, salienta o Coordenador do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa na Bahia - PNEFA, Antonio Maia, salientando que o planejamento da Defesa Agropecuária baiana está alinhado com as diretrizes do Ministério da Agricultura, dentro do Programa Nacional, que tem o objetivo estrutural dos serviços de defesa agropecuária, erradicar a febre aftosa em todo o Brasil e buscar o status internacional de Livre da Febre Aftosa sem Vacinação.

Fonte: SEAGRI BA - Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária

◄ Leia outras notícias