Machos e fêmeas da raça Charolês registraram valorização em 2011. Os 220 lotes de machos foram negociados à média de R$ 6.185, um aumento de 31,8% em relação ao desempenho de 2010, de 249 lotes. Para as fêmeas, a valorização foi de 32,3 %, para 39 lotes à média de R$ 5.052, ante R$ 3.817 para 115 lotes em 2010. Com isso, a raça atingiu valor próximo ao registrado em 2010, a despeito do recuo na oferta em pista. Em 2011, a receita com leilões atingiu R$ 1.557.820, contra R$ 1.607.060 em 2010, retração de 3,11%. A oferta encolheu de 364 lotes para 259, redução de 28,8%.

O diretor de marketing da Associação Brasileira de Criadores de Charolês, José Carlos Berta Dorneles, observa que o resultado em pista superou as expectativas, já que criadores demonstraram preferência por vendas diretas. ‘’muitos clientes do Brasil Central buscam diretamente os criadores do Sul para fornecimento de touros’’, explica. Segundo ele, em 2011 a raça elevou em 30% no número de registros, o que atesta o crescimento na venda de reprodutores, uma vez que o registro é feito principalmente com foco nas vendas. “A venda direta é uma opção segura, o animal sai vendido da propriedade e, normalmente, é adquirido por grandes compradores em quantidades maiores. Mas quando o mercado está aquecido o ideal é operar nas duas opções, já que o leilão valoriza o produto”.

A receita mais elevada em pista foi alcançada no leilão Charolês Contestado, que rendeu R$ 383.380 na venda de 68 lotes. O mesmo ocorreu no ramate do criador Marcus Gonzatto, da Cabanha Santa Lúcia, de Santa Catarina. O leilão de Jamil Deud Jr, da Santa Tecla, de Abelardo Luz, Santa Catarina, obteve as maiores médias; R$ 8.158 para os machos; e R$ 5,6 mil para as fêmeas.

A comercialização da raça mantém-se concentrada na região Sul, e a quantidade de remates atingiu doze eventos, número que deverá elevar-se neste ano, segundo as previsões. Está prevista a retomada de ofertas em Umuarama, PR, e Dourados, MS. ‘’Leilões, que não ocorreram em 2010, voltarão a ser realizados em resposta ao aumento da demanda”, informa Dorneles.