O plantel de bovinos, por exemplo, registra atualmente o mais baixo nível dos últimos 60 anos, estão fazendo com que as carnes venham atingindo preços recordes no mercado norte-americano.E isso inclui, também, a carne de frango.

Dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) apontam que em março passado a carne de frango atingiu no país seu maior valor histórico, sendo adquirida no varejo por, em média, US$1,372 libra/peso – cerca de R$5,45 por quilo.

Feitas as contas, o valor alcançado em março de 2012 não está muito distante do que foi registrado quatro anos atrás, em março de 2008: 17,5% de incremento, não mais que 0,35% ao mês.

Porém, ainda em 2008 (mês de dezembro), o produto alcançou um valor médio (US$1,305 libra/peso) que, devido à crise econômica internacional iniciada nos EUA, só seria alcançado novamente dois anos e meio depois, em junho de 2011. Daí para frente o avanço dos preços foi praticamente contínuo. A ponto de registrar em março passado variação de mais de 8% em relação ao mesmo mês do ano passado – um índice elevado para os padrões norte-americanos.

Uma vez que, no curto prazo, não há perspectivas de elevação da produção (o número de matrizes em produção nos EUA neste semestre é inferior ao do primeiro semestre de 2011), os preços internos da carne de frango só tendem à elevação.

Isso interessa ao Brasil, pois, com oferta restrita e preços internos mais justos, a avicultura norte-americana deve se voltar para o próprio mercado, atuando de forma menos intensiva no mercado externo. Em outras palavras, as exportações brasileiras de carne de frango podem ser beneficiadas com as altas ocorridas internamente nos EUA.