Publicado em: 02/10/2013 às 07:40hs
Todos os anos cerca de 38 milhões de animais são retirados da natureza. Esse número equivale a uma média de 400 animais por dia, sendo que 90% deles morrem, antes mesmo de chegarem ao seu destino final, devido às formas precárias de captura, ao estresse a que são submetidos e às más condições de alimentação e transporte.
O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS) é parceiro da Campanha de Combate ao Tráfico de Animais Selvagens, lançada pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), na última semana. O objetivo principal da ação é conscientizar e engajar a sociedade como aliada no combate ao tráfico de animais. Isso, porque a participação da população para impedir o avanço desse crime é de extrema importância, não apenas por ser um agente fiscalizador, mas também potencial consumidor.
Além de reduzir e eliminar a quantidade de espécies da nossa fauna, o tráfico compromete o equilíbrio do ecossistema e causa sofrimento para os animais. Outra preocupação é com a saúde do homem, já que 70% das doenças que acometem os seres humanos são de origem animal e o contato com os bichos pode ser contagioso.
“O CRMV-RS está engajado nessa importante ação que pretende dar visibilidade para o combate ao trafico de animais selvagens. Esperamos que todos – sociedade, entidades, profissionais - estejam empenhados em auxiliar na disseminação da informação dessa problemática que atinge, de maneira devastadora, a fauna brasileira e fortalece a criminalização em nosso País”, explica Rodrigo Lorenzoni, presidente do CRMV-RS.
De acordo com estudos da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Selvagens (Renctas) - organização não-governamental e parceira do evento - as maiores vítimas do tráfico são as aves, representando 82% do total. Por conta da diversidade de espécies, o Brasil é um grande alvo dos traficantes. A rota do tráfico no País começa com os animais capturados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e escoados para as regiões Sul e Sudeste, principalmente para os estados de Rio de Janeiro e São Paulo. As vendas acontecem em feiras livres e muitos são exportados para países da Europa e América do Norte.
A Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Selvagens (Renctas), Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) são parceiros e apoiadores da ação no combate ao tráfico de animais selvagens.
Uma das importantes ferramentas da Campanha é o hotsite, que abriga informações sobre o tráfico, números, notícias e uma galeria de imagens: www.cfmv.gov.br/traficodeanimais.
Fonte: Assessora de Imprensa CRMV-RS
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