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Agropecuaristas poderão medir emissões de gases de efeito estufa

Os agropecuaristas brasileiros poderão medir as emissões de GEE (gases do efeito estufa) de sua propriedade rural usando uma metodologia que será elaborada nos próximos dois anos por pesquisadores nacionais e internacionais


Publicado em: 18/06/2012 às 15:40hs

Agropecuaristas poderão medir emissões de gases de efeito estufa

O anúncio foi feito neste domingo pelo WRI (World Resources Instituto) e a embaixada do Reino Unido no Brasil durante o Humanidade 2012, evento paralelo à Rio +20 (conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável) que acontece no Forte de Copacabana e vai até o dia 22 no Rio.

No Brasil, as atividades agropecuárias são as maiores fontes de emissão de GEE. Porém, ainda não foi desenvolvida nenhuma metodologia que possa identificar a quantidade de poluentes gerados e tampouco ações para reduzi-los. Até 2020, o Brasil tem a meta de reduzir as emissões gerais em 40%. O compromisso foi feito durante a COP-15 (Cúpula do Meio Ambiente) ocorrida em 2009 em Copenhague (Dinamarca).

Segundo a direção do WRI, a ideia de criar uma metodologia no Brasil é porque o país é um dos maiores emissores de poluentes no setor. No entanto, a adesão dos agropecuaristas será voluntária. A metodologia não tem validação da ONU (Organização das Nações Unidas) ou qualquer outro instituto. O que pode ocorrer é que o produtor terá conhecimento sobre as suas emissões e, assim, poderá reduzi-las com objetivo de conseguir certificados ambientais e fazer vendas de produtos para empresas que valorizam a produção sustentável e ambientalmente correta.

“É uma honra anunciar o lançamento de um projeto que marca a continuação de uma parceria produtiva entre o World Resources Institute, o governo britânico e o Brasil, que vem contribuindo na medição, nos relatórios e no gerenciamento de emissões de gases de efeito estufa”, disse o embaixador britânico no Brasil, Alan Charlton.

De acordo com a direção da WRI, 90 empresas brasileiras já reportam voluntariamente suas emissões corporativas através do Protocolo de Gases do Efeito Estufa brasileiro, criado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), pelo WRI, o Ministério do Meio Ambiente e o CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável).

“O Brasil é um dos países mais importantes no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável, com a agricultura no centro da economia e também da questão das emissões”, disse Manish Bapna, presidente interino do WRI. “Ao medir e controlar suas emissões, as empresas brasileiras podem ajudar a diminuir o impacto ambiental, ao mesmo tempo que identificam novas oportunidades de crescimento econômico e de corte de custos”, disse.

Fonte: Folha.com

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