Eles vão verificar denúncias feitas à Agrodefesa de que criadores de bovinos estariam fazendo uso da cama de frango.

A prática é proibida em todo o País desde 2004 por causa do risco de transmissão de botulismo e encefalopatia espongiforme bovina, doença popularmente conhecida como vaca louca. Cama de frango é o substrato de rações e dejetos dispensados pelas aves que se mistura ao material que forra o piso das granjas. “O composto que se forma é rico em nutrientes, especialmente nitrogênio, e ministrado como alimento para o rebanho barateia os custos de produção, o que estimula seu uso”, esclarece o fiscal agropecuário estadual Leonardo Aparecido.

Nas propriedades onde for constatado o desrespeito à legislação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), será coletado material dos animais e encaminhado para análise laboratorial. “Se o laudo confirmar a presença de proteína ou gordura animal, o produtor será notificado para abater o gado em frigorífico credenciado num prazo de 30 dias”, explica o fiscal. Se houver recusa do proprietário em cumprir a determinação, o Ministério Público Federal é acionado e o produtor processado por crime contra a saúde pública.

Os fiscais também desenvolvem trabalho educativo, tanto nas propriedades quanto nos estabelecimentos comerciais de modo geral, quando são repassadas orientações sobre como cumprir as exigências sanitárias, garantindo assim a saúde do rebanho, da população e evitando problemas com a fiscalização.