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Adepará vacina bovinos e bubalinos em campanha no Marajó

A vacinação de bovinos e bubalinos começou dia 15 deste mês e vai até 30 de setembro


Publicado em: 22/08/2012 às 17:50hs

Adepará vacina bovinos e bubalinos em campanha no Marajó

Foi lançada oficialmente, no último fim de semana, a etapa única da campanha de vacinação contra a febre aftosa do Marajó, em evento ocorrido na comunidade Retiro Grande, em Cachoeira do Arari, na escola Bom Jesus. A finalidade é deixar a região livre de febre aftosa com vacinação. A vacinação de bovinos e bubalinos começou dia 15 deste mês e vai até 30 de setembro.

O evento reuniu produtores rurais de Soure, Salvaterra e Cachoeira do Arari, que puderam tirar dúvidas com os servidores da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), inclusive com o diretor geral, Mário Moreira. Os produtores participaram de palestras sobre a febre aftosa em relação ao avanço de área com enfoque no Marajó; sobre brucelose e tuberculose bovina e bubalina; e o trânsito agropecuário, para que o produtor tenha consciência das exigências necessárias.

O queijo artesanal do Marajó também foi tema de debates, já que uma normativa deve ser publicada em breve para o produto ser comercializado sem nenhum entrave. “É importante que a gente leve o conhecimento para a população, para ganharmos colaboradores nesse trabalho”, disse a coordenadora de Educação Sanitária da Adepará, Heloísa do Carmo.

A meta de vacinação da Adepará é ficar acima dos 90%, como a legislação preconiza para uma área livre. Conforme a orientação do gerente do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (Pnefa) da Adepará, André Reale, o produtor deve vacinar o gado e declarar a vacinação, tornando-se apto com a Adepará para comercializar os animais.

Segundo a gerente da Adepará em Soure, Tatiana de Assis, o trabalho no Marajó está efetivamente avançado, ao ponto de se poder pleitear a área para zona livre de aftosa com vacinação. “Com o trabalho da educação sanitária, dos técnicos a campo, a gente vem conseguindo fortalecer e conscientizar esse produtor da obrigação, não só de contribuir, porque faz parte desse processo, mas de compartilhar com os outros”, enfatizou.

A definição do padrão de identidade e qualidade do queijo do Marajó já foi iniciada pelos ficais da Adepará, nos municípios de Soure, Salvaterra e Cachoeira do Arari. Em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), estão sendo feitos o cadastro e o georreferencimento dos estabelecimentos produtores do queijo.

Mediante a regulamentação da Lei nº 7.565, de 25 de outubro de 2011, que trata das normas para licenciamento, registro e comercialização de produtos artesanais comestíveis de origem animal e vegetal no Pará, se tudo der certo, segundo o gerente de produtos artesanais de origem animal da Adepará, Gilliard Rodrigues, a agência vai poder celebrar convênios.

“Um dos convênios pode ser com o município. Poderemos delegar a função de fiscalização ao Serviço de Inspeção Municipal (SIM), claro, sob a vistoria da Adepará”, explicou. Para o produtor rural Carlos Paixão, o queijo é o carro forte da região, pois o Marajó tem uma grande demanda do leite de búfala. “Por meio da certificação e padronização vamos agregar valor ao nosso produto”, observou.

Com o queijo do Marajó, a família de Gabriela Gouveia gera a renda que sustenta toda a família, mas já houve obstáculos nas barreiras de fiscalização na hora de comercializar o produto pela falta de legalização. “Estamos trabalhando há muito tempo para conseguir essa questão do regulamento”, disse.

Segundo o engenheiro agrônomo e técnico da Adepará Ivaldo Nazareno, a guia de trânsito vegetal vai ser instalada brevemente na região do Marajó, em Salvaterra e Cachoeira do Arari, para os produtores de abacaxi e açaí. Para isso, o técnico deve fazer o cadastramento das propriedades. “Depois da etapa de vacinação vou me dedicar na questão vegetal”, concluiu.

Fonte: Agência Pará de Notícias

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